sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

CONFIANÇA

Não se apavore com nada.

Nem mesmo o maior de todos os problemas deve apavorar
você ou destruir as suas forças de ação e reação.

Não perca o equilíbrio. Calma.

Mantenha sadio o corpo e o espírito.

Ainda que o problema venha como uma onda, arrastando o que
tem pela frente, seja como a ponte que resiste às enchentes
do rio, como a árvore que se dobra, mas não se quebra,
ou a aeronave que ganha as alturas
para se livrar da tempestade.

Sustente o ânimo,

A certeza de tudo superar é força de resistência e vitória.


Lourival Lopes 

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Mais um ano se encerra. Enriquecemos um pouco mais de experiência, pronto para o Novo Ano que surge. 
Que possamos olhá-lo com otimismo e alegria, pois os resultados que vamos alcançar depende dos nossos esforços. O mais importante não é alcançarmos plenamente os nossos objetivos, mais valorizar o caminho que vamos trilhar. O mais importante, então, é vencer a vida e não na vida. 
Que 2013 possa ser rica em realizações interiores para o nosso crescimento, enquanto ser humano. 
Sem esquecer que as conquistas interiores são os caminhos à felicidade.

Um grande abraço!!!

Jorge

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A AÇÃO DE DEUS

Linda era uma modelo famosa. Requisitada e disputada, conseguia contratos milionários. Apesar do dinheiro, da fama e da beleza, ela não era feliz.
 
Sentia um imenso vazio por dentro. Sofria de pavor, ansiedade e insônia. Pensou em tomar medicamentos. Alguns amigos aprovaram, outros não.
 
Ela decidiu procurar outras terapias. Assinou contratos que jamais havia sonhado. Trabalhava muito, mas continuava atormentada.
 
Um dia, pela manhã, indo de carro para o trabalho, pelo caminho costumeiro, o trânsito parou. Um guarda estava desviando todo o trânsito para uma ruazinha estreita, porque um encanamento havia rompido na avenida principal.
 
Dirigindo lentamente pela rua desconhecida, ela passou em frente a uma igreja. Um cartaz, escrito à mão, dizia: "sem Deus não há paz. Conheça Deus, conheça a paz. Todos são bem-vindos".
 
Ela achou estranho e seguiu em frente. No dia seguinte, fazendo o mesmo trajeto, o trânsito parou. Um incêndio em uma loja fez com que, outra vez, o trânsito fosse desviado por aquela mesma ruazinha.
 
"De novo!", pensou linda. E passou outra vez pela igreja. Lá estava o cartaz, que agora lhe pareceu atraente. De dentro do carro, espiou o interior da igreja.
 
No terceiro dia, ela pensou em mudar de trajeto. Mas achou que estava sendo muito boba. Afinal, qual era a probabilidade de em três dias seguidos, acontecer o desvio do trânsito, no mesmo local?
 
"Vai ser um teste", pensou. "Se acontecer alguma coisa e o trânsito for desviado, vou ter certeza de que é um sinal".
 
Quando ela chegou na avenida, lá estavam os policiais outra vez. Um grande acidente, explicou um dos policiais, desviando o trânsito, para a já conhecida ruazinha.
 
"É demais", falou linda, consigo mesma. Estacionou o carro e entrou na igreja. Lá dentro, havia apenas um padre. Ele ergueu os olhos, olhou para ela com um sorriso e perguntou:
 
"Por que demorou tanto?" – Ele havia visto o carro de linda passar ali nos três dias. Eles conversaram muito e como resultado, linda passou a freqüentar a pequena igreja.
 
Encontrou a paz e a serenidade que estava esperando. Exatamente como dizia o cartaz. Ela precisava de Deus na sua vida. E, sem dúvida, fora Deus que providenciara para que, de alguma forma, entendesse que ela precisava voltar-se para ele, alimentar o seu espírito com a fé, a esperança e o amor.
 
...............
 
A providência Divina sempre se faz presente em nossas vidas. Ocorre que, nem sempre, estamos de olhos e ouvidos atentos para perceber e entender.
 
Filhos bem-amados do Criador, não podemos esquecer de buscar o amparo desse Pai amoroso e bom, para que nele encontremos o nosso refúgio seguro.
 
Muitos O procuram nas igrejas, nos templos. Outros, nos livros. Alguns tentam o coração do próximo para ver se ali descobrem Deus.
 
Em verdade, muitos são os caminhos, mas o encontro verdadeiro se dá portas a dentro do nosso coração.

(Desconheço o autor)


Deus está sempre conosco. A questão é se nós estamos com ELE. E o Natal, através do Teu Filho, nos mostra o caminho para chegarmos a Deus. Jesus é o caminho, a verdade e a vida; portanto no Natal comemoramos a nossa participação com Jesus Tua Seara.
De coração, desejo que o Natal seja de muita alegria e esta irradie a todos.
Um grande abraço do amigo,
Jorge


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sábado, 15 de dezembro de 2012

O VENENO DA AMARGURA

Injustiças acontecem a todos nós, e isso faz parte da vida. Quando estamos feridos, podemos escolher agarrar-nos à dor, e ficarmos amargos, ou podemos optar, por deixá-las de lado, e acreditar que Deus irá nos trazer uma compensação.
Uma pesquisa indica que 70 por cento das pessoas, estão zangadas por algum motivo. Imagine só! Sete em cada dez pessoas que você encontrar, estarão zangadas. Eles não sabem, que alimentar a raiva, é envenenar a própria vida.
Quando não perdoamos, não estamos ferindo outras pessoas. Não estamos magoando a Deus. Só estamos ferindo, a nós mesmos.
Para ter uma vida melhor, você precisa perdoar com rapidez. Aprender a se livrar das mágoas e dores do passado. Não deixar a amargura lançar raízes em sua vida.
Alguém pode tê-lo maltratado, se aproveitado de você. Talvez um bom amigo o tenha traído e você tenha uma boa razão para sentir raiva e amargura. Mas evite deixar este sentimento perdurar mais que um dia. Durma sempre perdoando, e em paz.
Pra o bem da sua saúde, você precisa esquecer o mal que lhe fizeram. Sentir ódio de alguém é doentio. Você nada pode fazer a respeito do passado, mas você pode mudar o seu futuro.
O melhor que você tem a fazer, é perdoar, e começar a acreditar que Deus vai lhe trazer uma compensação.

Joel Osteen

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domingo, 9 de dezembro de 2012

OLHAR MAIS LONGE

Olhe para mais longe.
Se você só olha para perto, como descobrir o que está mais longe?
É olhando para um bom amanhã que se faz um bom hoje.
E você está aqui para ir em frente, fazer mais do que já fez,
por em ação novas capacidades, pisar o freio das más
emoções e ao acelerador das boas.
Faça de si uma boa pessoa.
Edifique um mundo novo dentro de você.
Abra clareiras na mata da ignorância, debruce sobre
o modo como vem se conduzindo e sobre
como pode ser daqui para a frente.
Não deixe a bola cair.
É no calor das lutas que se vê a força que temos.


Lourival Lopes 

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domingo, 2 de dezembro de 2012

A LIÇÃO DO MÁRMORE

 No museu de fama internacional, o piso totalmente coberto por belíssimos azulejos de mármore recebia as visitas todas os dias, especialmente para admirarem uma estátua, toda em mármore, enorme, exibida no meio do salão de entrada.  
Pessoas do mundo inteiro vinham admirá-la. Os mais entendidos se detinham a observar a perfeição dos seus traços. Os românticos falavam da suavidade das linhas, mas todos, sem exceção, elogiavam a sua beleza.
Certa noite, os pisos de mármore começaram a falar e reclamar com a estátua:  
- Estátua, isto não está certo. Absolutamente, não! As pessoas vêm, pisam e pisam em nós só para admirar você. Ninguém olha para nós e muito menos se dá conta de que também temos a nossa beleza. Isto não é justo.  
- Meu querido amigo, piso de mármore, você ainda se lembra de quando eu e você estávamos na mesma caverna? Perguntou a estátua.  
- Sim! É por isso que eu acho tudo muito injusto. Nós nascemos da mesma caverna e agora recebemos tratamento tão diferente. Não é justo! - chorou novamente o piso.  
A estátua continuou a explicar:  
- Então, você ainda se lembra do dia em que o artista tentou trabalhar em você, mas você resistiu bravamente às ferramentas?  
- Sim, claro que me lembro. Odiei aquele sujeito! Como pôde ele usar aquelas ferramentas em mim? Doeu demais!  
- Isso é certo! Ele não pôde trabalhar nada em você, porque você resistiu à sua ação.  
- Quando ele desistiu de você, veio para mim. Eu era um bloco de mármore sem forma. Em vez de resistir como você, imediatamente soube que ele me tornaria algo diferente. Não resisti. Agüentei todas as ferramentas dolorosas que ele usou em mim.  
O piso resmungou alguma coisa e a estátua concluiu:  
- Meu amigo, há um preço para tudo na vida. Nem sempre é fácil. Às vezes é muito difícil e doloroso. Mas temos que aprender e suportar os sofrimentos, procurando crescer e aprender para nos transformar em algo mais belo. 
 

Com base no artigo Colcha de retalhos, de autor desconhecido, 
tradução de Sérgio Barros, da Revista Harmonia, junho. 2001.


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domingo, 25 de novembro de 2012

SIGA A ESTRELA


Pergunte para alguém que está no caminho da vitória:
- Qual é a sua meta para amanhã?
Imediatamente você ouvirá algumas posições e apostas para o dia.
Pergunte para alguém que está vivendo derrotas:
- Qual é a sua meta para amanhã?
Fatalmente o vazio, ou o barulho dos grilos responderão.
Ai está a diferença de quem conquista e de quem sobrevive.
Metas e objetivos definidos. 
Por isso especialistas falam tanto em plano de negócios.
E isso se aplica facilmente a nossa vida.
Qual é a sua meta para poupar nos próximos 3 meses?
Tem filhos planejados?
Um casamento?
A compra da sua casa nos próximos 12 meses.
Emagrecer 10 Kg em 6 semanas?
Conhecer a Europa ou Aparecida do Norte nos próximos 3 meses?
Quais são as metas que você traçou para a sua vida?
Acredite, tem muita gente acordando para viver o dia,
ou, seguir aquela canção que diz:
"Deixa a vida me levar."
E quase sempre a vida leva para um quarto escuro,
quando não assumimos o leme do nosso barco. 
Seja qual for o seu momento, a situação que estiver agora.
Sempre é possível traçar novos rumos,
ainda que pareçam loucuras, ilusões passageiras.
Nada detém o sonhador que se coloca em "ação".
Eis a diferença dos que sonham e ficam deitados.
E aqueles que sonham e arregaçam as mangas para o trabalho.
Não tenha medo dos seus sonhos, tenha medo de ficar paralisado.
Trace agora os seus planos e siga aquela estrela.
Aquela que agora pouco estava ali, parecia parada,
mas já mudou de lugar.
Faça como ela e saia da sua zona de conforto.
É tempo de lutar, desafiar os próprios limites,
e colher logo ali adiante,
os louros da conquista que você merece.
Acredita?   


Paulo Roberto Gaefke


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sábado, 17 de novembro de 2012

HONRAR A SI MESMO

De todos os julgamentos pelos quais  passamos na vida,  nenhum é
mais importante do que o que fazemos de nós mesmos, porque  esse  julgamento   toca o centro de  nossa existência.
"Nenhum  aspecto  significativo  de  nosso  pensamento, motivação,
sentimento  ou  comportamento deixa de ser afetado pela nossa auto-avaliação. "O primeiro ato de honrar a  nós mesmos é a  afirmação do consciente:  a escolha  de pensar, de estar consciente, de dirigir a luz da busca da consciência para fora, em direção ao mundo, e para dentro, em direção ao nosso próprio ser. Não fazer esse esforço é errar no nível mais profundo de nós mesmos.

"Honrar a si mesmo é estar disposto  a  pensar  independentemente, viver  de  acordo com nossa  própria  mente, e ter a  coragem  de  assumir nossas próprias percepções e julgamentos. "Honrar  a  si  mesmo  é estar  disposto a  saber  não  somente  o que pensamos, mas também o que sentimos, o que quermos, precisamos, desejamos, o que  nos faz sofrer, do que temos medo ou  raiva e a aceitar nosso direito  de viver essas emoções. 

O  oposto dessa atitude é a negação, o repúdio, a repressão  o auto-repúdio. "Honrar a  si  mesmo é  preservar  uma  atitude de auto-aceitação o que  significa aceitar quem somos, sem  opressão ou castigo  próprio, sem  nenhuma pretensão  sobre a verdade de nosso ser, pretensão destinada a enganar aos outros e a nós mesmos. "Honrar a si mesmo é viver  autenticamente, é  falar  e  agir a partir de nossas mais profundas emoções e convicções.

"Honrar a si mesmo é recusar a aceitar culpas não  merecidas,  e a
fazer nosso melhor para corrigir as culpas em que possamos ter incorrido. "Honrar a si mesmo é comprometermo-nos com nosso direito de existir que se origina do conhecimento de que nossa vida não pertence a mais ninguém, e  de que não estamos aqui na terra para viver segundo as expectativa de outras  pessoas. Para muitas pessoas, esta é uma responsabilidade assustadora.

"Honrar   a  si   mesmo é  estar  apaixonado  pela  própria   vida, apaixonado   pelas possibilidades de crescer e sentir alegria, apaixonado pelo processo de descobrir e explorar nossas potencialidades humanas. "Por isso podemos  começar a ver que  honrar a si mesmo  é  praticar o  egoísmo  no sentido mais elevado, mais nobre e menos compreendido dessa palavra. E isso,devo dizer, exige enorme independência, coragem e integridade."

Precisamos amar a nós mesmos e comprometer-nos conosco. "O amor que damos e recebemos será engrandecido pelo amor que damos a nós mesmos."

(Nathaniel Branden)



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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ABRACE

Abrace.
O seu abraço é especial para a
outra pessoa e para você.
Conceda-o com alegria.
O abraço, como o sorriso, transmite força, esperança, paz.
Ele quebra o frio do coração, a tristeza
oculta da alma, os desalentos.
Leva tranqüilidade a quem está afoito, força
para quem está débil, afago para o carente.
No abraço você se estende, comunica-se, abre-se,
vibra e faz grande bem, até sem perceber.
Se não puder abraçar, transmita um bom
pensamento para quem está a sua frente.
Quem abraça com fé boa pessoa é.

Lourival Lopes

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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ESPELHO

Ninguém pode estragar o seu dia, a menos que você permita.
 O colunista Sydney Harris acompanhava um amigo a banca de jornal.
 O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas, como retorno, recebeu o jornal que foi atirado  em    sua direção.
 O amigo de Sydney sorriu atenciosamente e desejou ao  jornaleiro um bom final de semana.
 Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou:

 - Ele sempre te trata com tanta grosseria?
 - Sim, infelizmente é sempre assim.
 - E você é sempre tão atencioso e amável com ele?
 - Sim, sou .
 - Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você?
 - Porque não quero que ele decida como eu devo agir.

 Nós somos nossos "próprios donos".
 Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mal humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros.
 Não são os ambientes que nos transformam e sim nós que transformamos os ambientes.
 "Os tristes acham que o vento geme.
 Os alegres e cheios de espírito afirmam que ele canta".
 O mundo é Como um espelho, devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos.

 
A maneira como você encara a vida faz toda a diferença!


(Desconheço o autor)


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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

QUALQUER VÍCIO

Qualquer vício é adquirido na intenção consciente ou inconsciente de provocar anestesia para uma dor que ainda não tivemos a coragem de viver.
Ninguém gosta de sofrer, nem os masoquistas. Estes escolhem a dor controlada para anestesiá-los de dores sobre as quais não têm controle (e nunca vão ter).

Não adianta fugirmos das dores inevitáveis. O nosso crescimento acontece quando aceitamos e vivemos as nossas dores e prazeres.

Não adianta também fazer a equivocada negociação com a vida evitando prazeres para, assim, não merecermos as dores. Essa é uma conta ridícula apregoada por religiões e códigos morais que visam apenas o controle comportamental coletivo.

Uma dor de barriga precisa ser vivida sem máscaras para que saibamos o que está acontecendo com as nossas vísceras.
O prazer de uma boa noite de sono precisa ser vivido com entrega para que a saúde se mantenha.

Quando uma dor, de ordem emocional se apresenta, é preciso vivê-la integralmente. Se for insuportável temos que procurar ajuda.
É preciso chorar cada lágrima que se apresenta.
É preciso chorar o choro e não reprimi-lo.
Se agirmos assim, vamos perceber o que está acontecendo com as nossas “vísceras emocionais” e crescer, vamos nos fortificar verdadeiramente.

Quando procuramos anestesia para dor e prazer, acabamos encontrando vício e dependência.
Quando os vivemos integralmente aumentamos a nossa consciência.

Autoria; Arly Cravo.



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sábado, 27 de outubro de 2012

NÃO HÁ NADA COMO UM DIA APÓS O OUTRO

 As manhãs se sucedem  e nós as achamos iguais,monotonamente repetitivas, sem novidades e sem nenhum sabor novo. Um grande e comum engano, decorrente da correria e dos hábitos do dia-a-dia, que nos levam a crer que um dia é igual ao outro.
Mas cada manhã traz sua cor e seu sabor diferente.
O Sol que nos ilumina é, de fato, o mesmo que já nos viu nascer e renascer neste mundo milhares de vezes, mas... cada vez de um modo diferente.
Se temos em mente que nada há de melhor que um dia após o outro, aprenderemos a ser mais pacientes, principalmente nas ocasiões difíceis, quando saberemos deixar que um ou alguns dias passem até que decidamos com segurança; afinal, a prudência é uma virtude de equilíbrio, e a consciência de que uma decisão equivocada pode acarretar consequências imprevisíveis nos leva a ver que, realmente, nada melhor que um dia após o outro.

(De “Dia a Dia” — Conceitos para viver melhor — de Paulo R. Santos).

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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

AULA DE DIREITO

Uma manhã, quando nosso novo professor de "Introdução ao Direito"
entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que
estava sentado na primeira fila:
- Como te chamas?
- Chamo-me Juan, senhor.
- Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! - gritou o
desagradável professor.
Juan estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente,
recolheu suas coisas e saiu da sala. Todos estávamos assustados e indignados
porém ninguem falou nada..
- Agora sim! - e perguntou o professor - para que servem as leis?...
Seguíamos assustados porém pouco a pouco começamos a responder à sua
pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou tímidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso.... para que haja justiça. E agora, para que serve a
justiça?
Todos começávamos a ficar incomodados pela atitude tão grosseira.
Porém, seguíamos respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado... Para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal porém... respondam a esta pergunta: agi corretamente ao
expulsar Juan da sala de aula?...
Todos ficamos calados, ninguem respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não!! - respondemos todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!!!
- E por que ninguem fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se
não dispomos da vontade necessária para pratica-las?
- Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma
injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais!
- Vá buscar o Juan - disse, olhando-me fixamente.
Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.
Quando não defendemos nossos direitos perdemos a dignidade e a dignidade não
se negocia.


(Recebido sem citação de autoria)

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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

SABEDORIA

Conta-se que num país longínquo, há muitos séculos, um rei se sentiu intrigado com algumas questões. Desejando ter respostas para elas, resolveu estabelecer um concurso do qual todas as pessoas do reino poderiam participar.
O prêmio seria uma enorme quantia em ouro, pedras preciosas, além de títulos de nobreza.
Seria premiado com tudo isto quem conseguisse responder a três questões: qual é o lugar mais importante do mundo? Qual é a tarefa mais importante do mundo? Quem é o homem mais importante do mundo?
Sábios e ignorantes, ricos e pobres, crianças, jovens e adultos se apresentaram, tentando responder as três perguntas.
Para desconsolo do rei, nenhum deles deu uma resposta que o satisfizesse.
Em todo o território um único homem não se apresentou para tentar responder os questionamentos. Era alguém considerado sábio, mas a quem não importavam as fortunas nem as honrarias da terra.
O rei convocou esse homem para vir à sua presença e tentar responder suas indagações. E o velho sábio respondeu a todas:
- O lugar mais importante do mundo é aquele onde você está. O lugar onde você mora, vive, cresce, trabalha e atua é o mais importante do mundo. É ali que você deve ser útil, prestativo e amigo, porque este é o seu lugar.
- A tarefa mais importante do mundo não é aquela que você desejaria executar, mas aquela que você deve fazer.
- Por isso, pode ser que o seu trabalho não seja o mais agradável e bem remunerado do mundo, mas é aquele que lhe permite o próprio sustento e da sua família. É aquele que lhe permite desenvolver as potencialidades que existem dentro de você. É aquele que lhe permite exercitar a paciência, a compreensão, a fraternidade.
- Se você não tem o que ama, importante que ame o que tem. A mínima tarefa é importante. Se você falhar, se se omitir, ninguém a executará em seu lugar, exatamente da forma e da maneira que você o faria.
E, finalmente, o homem mais importante do mundo é aquele que precisa de você, porque é ele que lhe possibilita a mais bela das virtudes: a caridade.
- A caridade é uma escada de luz. E o auxílio fraternal é oportunidade iluminativa. É a mais alta conquista que o homem poderá desejar.
O rei, ouvindo as respostas tão ponderadas e bem fundamentadas, aplaudiu, agradecido.
Para sua própria felicidade, descobrira um sentido para a sua vida, uma razão de ser para os seus últimos anos sobre a Terra.
...............................
Muitas vezes pensamos em como seria bom se tivéssemos nascido em um país com menos inflação, com menos miséria, sem taxas tão altas de desemprego, gozando de melhores oportunidades.
Outras vezes nos queixamos do trabalho que executamos todos os dias, das tarefas que temos, por acha-las muito ínfimas, sem importância.
Desejamos que determinadas pessoas, importantes, de evidência social ou financeira pudessem estar ao nosso lado para nos abrir caminhos.
Contudo, tenhamos certeza: estamos no lugar certo, na época correta, com as melhores oportunidades, com as pessoas que necessitamos para nosso crescimento interior.

Desconheço o autor


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domingo, 14 de outubro de 2012

O EXEMPLO

A melhor de voz de mando é o exemplo; o melhor argumento e a mais convincente razão, que robustece suas palavras, é o exemplo de sua vida. Talvez você note que nem sempre convence com suas palavras; deve ser porque nem sempre suas obras se acham de acordo com suas palavras e então o exemplo de sua vida neutraliza a força de suas palavras. Seus filhos, seus dependentes, as pessoas com as quais de uma ou de outra forma tem relações, ou sobre as quais você exerce alguma influência, estão esperando por suas palavras. Mas estas palavras serão ineficazes, se não forem precedidas pelo exemplo de sua vida. Palavra e testemunho, razões e exemplos; as palavras convencem, os exemplos arrastam. Pense, portanto, e veja que não lhe faltou o arrastão; você o atribuiu ou a dureza do coração dos que ouviam, ou a falta de preparo intelectual de sua parte, quando na realidade não foi devido a nenhuma destas causas, mas a ausência de seus exemplos, a incoerência da sua vida.

Alfonso Milagro


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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

MAIS DO QUE ACREDITAR

Phantom

Se você acredita que algo é possível, tentará realizá-lo. Se você sabe que algo é possível, esse algo acontecerá.

Como alcançar um estado além de apenas acreditar, um estado de saber? Agindo. A maior confiança surge ao fazer uma e outra vez. Não existem atalhos. Não existem truques mentais ou tecnológicos. Arregace as mangas e ponha as mãos na massa. Em breve, você não apenas acreditará como também saberá.

Você pode acreditar que é capaz de correr uma maratona. Mas somente quando você acordar todo dia às cinco da manhã e se exercitar, dia após dia, você saberá que é capaz de correr a maratona.

Como diz o ditado, ver é acreditar. Da mesma forma, fazer é saber. É ótimo acreditar nas possibilidades. Você pode especular a respeito e imaginar toda sorte de coisas maravilhosas. Mas a ação é o que vai tornar todas essas coisas possíveis.

Arregace as mangas e comece a agir. Assim você saberá do que é capaz de conquistar. E, sabendo disso com absoluta certeza, você fará com que as coisas aconteçam.


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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

VALE A PENA GASTAR UNS MINUTOS PARA RIR UM POUCO

Depois querem jogar a culpa da incompetência e morosidade da Justiça na carência de recursos. ABSURDO!
dor Paulo Rangel: “A pior udiência da minha vida”

A minha carreira de Promotor de Justiça foi pautada sempre pelo princípio da importância (inventei agora esse princípio), isto é, priorizava aquilo que realmente era significante diante da quantidade de fatos graves que ocorriam na Comarca em que trabalhava. Até porque eu era o único promotor da cidade e só havia um único juiz. Se nós fôssemos nos preocupar com furto de galinha do vizinho; briga no botequim de bêbado sem lesão grave e noivo que largou a noiva na porta da igreja nós não iríamos dar conta de tudo de mais importante que havia para fazer e como havia (crimes violentos, graves, como estupros, homicídios, roubos, etc). 
Era simples. Não há outro meio de você conseguir fazer justiça se você não priorizar aquilo que, efetivamente, interessa à sociedade. Talvez esteja aí um dos males do Judiciário quando se trata de “emperramento da máquina judiciária”. Pois bem. O Procurador Geral de Justiça (Chefe do Ministério Público) da época me ligou e pediu para eu colaborar com uma colega da comarca vizinha que estava enrolada com os processos e audiências dela. Lá fui eu prestar solidariedade à colega. Cheguei, me identifiquei a ela (não a conhecia) e combinamos que eu ficaria com os processos criminais e ela faria as audiências e os processos cíveis. Foi quando ela pediu para, naquele dia, eu fazer as audiências, aproveitando que já estava ali. Tudo bem. Fui à sala de audiências e me sentei no lugar reservado aos membros do Ministério Público: ao lado direito do juiz. 
E eis que veio a primeira audiência do dia: um crime de ato obsceno cuja lei diz: 
Ato obsceno 
Art. 233 – Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público: 
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
O detalhe era: qual foi o ato obsceno que o cidadão praticou para estar ali, sentado no banco dos réus? Para que o Estado movimentasse toda a sua estrutura burocrática para fazer valer a lei? Para que todo aquele dinheiro gasto com ar condicionado, luz, papel, salário do juiz, do promotor, do defensor, dos policiais que estão de plantão, dos oficiais de justiça e demais funcionários justificasse aquela audiência? Ele, literalmente, cometeu uma ventosidade intestinal em local público, ou em palavras mais populares, soltou um pum, dentro de uma agência bancária e o guarda de segurança que estava lá para tomar conta do patrimônio da empresa, incomodado, deu voz de prisão em flagrante ao cliente peidão porque entendeu que ele fez aquilo como forma de deboche da figura do segurança, de sua autoridade, ou seja, lá estava eu, assoberbado de trabalho na minha comarca, trabalhando com o princípio inventado agora da importância, tendo que fazer audiência por causa de um peidão e de um guarda que não tinha o que fazer. E mais grave ainda: de uma promotora e um juiz que acharam que isso fosse algo relevante que pudesse autorizar o Poder Judiciário a gastar rios de dinheiro com um processo para que aquele peidão, quando muito mal educado, pudesse ser punido nas “penas da lei”. 
Ponderei com o juiz que aquilo não seria um problema do Direito Penal, mas sim, quando muito, de saúde, de educação, de urbanidade, enfim… Ponderei, ponderei, mas bom senso não se compra na esquina, nem na padaria, não é mesmo? Não se aprende na faculdade. Ou você tem, ou não tem. E nem o juiz, nem a promotora tinham ao permitir que um pum se transformasse num litígio a ser resolvido pelo Poder Judiciário. 
Imagina se todo pum do mundo se transformasse num processo? O cheiro dos fóruns seria insuportável. 
O problema é que a audiência foi feita e eu tive que ficar ali ouvindo tudo aquilo que, óbvio, passou a ser engraçado. Já que ali estava, eu iria me divertir. Aprendi a me divertir com as coisas que não tem mais jeito. Aquela era uma delas. Afinal o que não tem remédio, remediado está. 
O réu era um homem simples, humilde, mas do tipo forte, do campo, mas com idade avançada, aproximadamente, uns 70 anos. 
Eis a audiência: 
Juiz – Consta aqui da denúncia oferecida pelo Ministério Público que o senhor no dia x, do mês e ano tal, a tantas horas, no bairro h, dentro da agência bancária Y, o senhor, com vontade livre e consciente de ultrajar o pudor público, praticou ventosidade intestinal, depois de olhar para o guarda de forma debochada, causando odor insuportável a todas as pessoas daquela agência bancária, fato, que, por si só, impediu que pessoas pudessem ficar na fila, passando o senhor a ser o primeiro da fila. 
Esses fatos são verdadeiros? 
Réu – Não entendi essa parte da ventosidade…. o que mesmo? 
Juiz – Ventosidade intestinal. 
Réu – Ah sim, ventosidade intestinal. Então, essa parte é que eu queria que o senhor me explicasse direitinho. 
Juiz – Quem tem que me explicar aqui é o senhor que é réu. Não eu. Eu cobro explicações. E então.. São verdadeiros ou não os fatos? 
O juiz se sentiu ameaçado em sua autoridade. Como se o réu estivesse desafiando o juiz e mandando ele se explicar. Não percebeu que, em verdade, o réu não estava entendendo nada do que ele estava dizendo. 
Réu – O guarda estava lá, eu estava na agência, me lembro que ninguém mais ficou na fila, mas eu não roubei ventosidade de ninguém não senhor. Eu sou um homem honesto e trabalhador, doutor juiz “meretrício”. 
Na altura da audiência eu já estava rindo por dentro porque era claro e óbvio que o homem por ser um homem simples ele não sabia o que era ventosidade intestinal e o juiz por pertencer a outra camada da sociedade não entendia algo óbvio: para o povo o que ele chamava de ventosidade intestinal aquele homem simples do povo chama de PEIDO. E mais: o juiz se ofendeu de ser chamado de meretrício. E continuou a audiência. 
Juiz – Em primeiro lugar, eu não sou meretrício, mas sim meritíssimo. Em segundo, ninguém está dizendo que o senhor roubou no banco, mas que soltou uma ventosidade intestinal. O senhor está me entendendo? 
Réu ¬– Ahh, agora sim. Entendi sim. Pensei que o senhor estivesse me chamando de ladrão. Nunca roubei nada de ninguém. Sou trabalhador. 
E puxou do bolso uma carteira de trabalho velha e amassada para fazer prova de trabalho. 
Juiz – E então, são verdadeiros ou não esses fatos. 
Réu – Quais fatos? 
O juiz nervoso como que perdendo a paciência e alterando a voz repetiu. 
Juiz – Esses que eu acabei de narrar para o senhor. O senhor não está me ouvindo? 
Réu – To ouvindo sim, mas o senhor pode repetir, por favor. Eu não prestei bem atenção. 
O juiz, visivelmente irritado, repetiu a leitura da denúncia e insistiu na tal da ventosidade intestinal, mas o réu não alcançava o que ele queria dizer. Resolvi ajudar, embora não devesse, pois não fui eu quem ofereci aquela denúncia estapafúrdia e descabida. Típica de quem não tinha o que fazer. 
EU – Excelência, pela ordem. Permite uma observação? 
O juiz educado, do tipo que soltou pipa no ventilador de casa e jogou bola de gude no tapete persa do seu apartamento, permitiu, prontamente, minha manifestação. 
Juiz – Pois não, doutor promotor. Pode falar. À vontade. 
Eu – É só para dizer para o réu que ventosidade intestinal é um peido. Ele não esta entendendo o significado da palavra técnica daquilo que todos nós fazemos: soltar um pum. É disso que a promotora que fez essa denúncia está acusando o senhor. 
O juiz ficou constrangido com minhas palavras diretas e objetivas, mas deu aquele riso de canto de boca e reiterou o que eu disse e perguntou, de novo, ao réu se tudo aquilo era verdade e eis que veio a confissão. 
Réu – Ahhh, agora sim que eu entendi o que o senhor “meretrício” quer dizer. 
O juiz o interrompeu e corrigiu na hora. 
Juiz – Meretrício não, meritíssimo. 
Pensei comigo: o cara não sabe o que é um peido vai saber o que é um adjetivo (meritíssimo)? Não dá. É muita falta de sensibilidade, mas vamos fazer a audiência. Vamos ver onde isso vai parar. E continuou o juiz. 
Juiz – Muito bem. Agora que o doutor Promotor já explicou para o senhor de que o senhor é acusado o que o senhor tem para me dizer sobre esses fatos? São verdadeiros ou não? 
Juiz adora esse negócio de verdade real. Ele quer porque quer saber da verdade, sei lá do que. 
Réu – Ué, só porque eu soltei um pum o senhor quer me condenar? Vai dizer que o meretrício nunca peidou? Que o Promotor nunca soltou um pum? Que a dona moça aí do seu lado nunca peidou? (ele se referia a secretária do juiz que naquela altura já estava peidando de tanto rir como todos os presentes à audiência). 
O juiz, constrangido, pediu a ele que o respeitasse e as pessoas que ali estavam, mas ele insistiu em confessar seu crime. 
Réu – Quando eu tentei entrar no banco o segurança pediu para eu abrir minha bolsa quando a porta giratória travou, eu abri. A porta continuou travada e ele pediu para eu levantar a minha blusa, eu levantei. A porta continuou travada. Ele pediu para eu tirar os sapatos eu tirei, mas a porta continuou travada. Aí ele pediu para eu tirar o cinto da calça, eu tirei, mas a porta não abriu. Por último, ele pediu para eu tirar todos os metais que tinha no bolso e a porta continuou não abrindo. O gerente veio e disse que ele podia abrir a porta, mas que ele me revistasse. Eu não sou bandido. Protestei e eles disseram que eu só entraria na agência se fosse revistado e aí eu fingi que deixaria só para poder entrar. Quando ele veio botar a mão em cima de mim me revistando, passando a mão pelo meu corpo, eu fiquei nervoso e, sem querer, soltei um pum na cara dele e ele ficou possesso de raiva e me prendeu. Por isso que estou aqui, mas não fiz de propósito e sim de nervoso. Passei mal com todo aquele constrangimento das pessoas ficarem me olhando como seu eu fosse um bandido e eu não sou. Sou um trabalhador. Peidão sim, mas trabalhador e honesto. 
O réu prestou o depoimento constrangido e emocionado e o juiz encerrou o interrogatório. Olhei para o defensor público e percebi que o réu foi muito bem orientado. Tipo: “assume o que fez e joga o peido no ventilador. Conta toda a verdade”. O juiz quis passar a oitiva das testemunhas de acusação e eu alertei que estava satisfeito com a prova produzida até então. Em outras palavras: eu não iria ficar ali sentado ouvindo testemunhas falando sobre um cara peidão e um segurança maluco que não tinha o que fazer junto com um gerente despreparado que gosta de constranger os clientes e um juiz que gosta de ouvir sobre o peido alheio. Eu tinha mais o que fazer. Aliás, eu estava até com vontade de soltar um pum, mas precisava ir ao banheiro porque meu pum as vezes pesa e aí já viu, né? 
No fundo eu já estava me solidarizando com o pum do réu, tamanho foi o abuso do segurança e do gerente e pior: por colocarem no banco dos réus um homem simples porque praticou uma ventosidade intestinal. 
É o cúmulo da falta do que fazer e da burocracia forense, além da distorção do Direito Penal sendo usado como instrumento de coação moral. Nunca imaginei fazer uma audiência por causa de uma, como disse a denúncia, ventosidade intestinal. Até pum neste País está sendo tratado como crime com tanto bandido, corrupto, ladrão andando pelas ruas o judiciário parou para julgar um pum. 
Resultado: pedi a absolvição do réu alegando que o fato não era crime, sob pena de termos que ser todos, processados, criminalmente, neste País, inclusive, o juiz que recebeu a denúncia e a promotora que a fez. O juiz, constrangido, absolveu o réu, mas ainda quis fazer discurso chamando a atenção dele, dizendo que não fazia aquilo em público, ou seja, ele é o único ser humano que está nas ruas e quando quer peidar vai em casa rápido, peida e volta para audiência, por exemplo. 
É um cara politicamente correto. É o tipo do peidão covarde, ou seja, o que tem medo de peidar. Só peida no banheiro e se não tem banheiro ele se contorce, engole o peido, cruza as perninhas e continua a fazer o que estava fazendo como se nada tivesse acontecido. Afinal, juiz é juiz. 
Moral da história: perdemos 3 horas do dia com um processo por causa de um peido. Se contar isso na Inglaterra, com certeza, a Rainha jamais irá acreditar porque ela também, mesmo sendo Rainha… Você sabe. 

Rio de Janeiro, 10 de maio de 2012. 

Paulo Rangel (Desembargador do Tribunal de Justica do Rio de Janeiro).



imagem - mises.org.br
 

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