quarta-feira, 30 de junho de 2010

ERRADO E CERTO E FICAR LIBERTO


Certo e errado. Perder e ganhar

Se alguma vez assististe a um concurso, então já sabes alguma coisa sobre o “certo” e o “errado”. O jogador que responde errado perde o jogo. O jogador que responde certos, ganha.
Na vida, o “certo” e o “errado” são um pouco assim.
Quando fazes alguma coisa errada, alguém perde — tu ou a outra pessoa. Quando fazes uma coisa certa, todos ganham.
Se não deixares o teu irmão entrar no jogo, ele perde a oportunidade de jogar. Tu também perdes — a oportunidade de seres justo e gentil.
Mas se jogarem o jogo juntos, então ambos ganham.

Distinguir o bem do mal

Provavelmente, a maneira mais simples de distinguires o bem do mal é perguntares a ti mesmo:
— Será que vou magoar-me ou magoar alguém? Será que vou ferir os sentimentos de alguém?
Se sim, então está mal.

A tua consciência

Já deves ter visto bandas desenhadas onde alguém está a tentar tomar uma decisão.
Um pequeno anjo num ombro aconselha-o a fazer o bem.
Um pequeno diabo no outro ombro aconselha-o a fazer o mal.

Claro que isto não acontece na vida real, mas a tua “consciência” é um pouco o anjo. A tua consciência está dentro de ti e ajuda-te a fazer o bem.

Todos erramos

Quando magoares alguém por fazeres alguma coisa errada, reconhece que fizeste mal e pede desculpa.
Tenta encontrar uma maneira de fazeres que a outra pessoa se sinta melhor. Podes fazer um desenho para mostrares que estás arrependido. Podes arranjar o que estragaste ou devolver o que tiraste.

Bons e maus dias

Alguma vez sentiste que estás a ter um mau dia? Talvez estejas cansado e irritado. Talvez seja a tua irmã que está a aborrecer-te. Talvez queiras até fazer alguma coisa que não te é permitida.
Não podes evitar o que sentes, mas podes mudar a tua maneira de agir.
Não tens que ser maus quando estás zangado. Não tens de gritar com a tua irmã quando ela está a ser aborrecida e não deves utilizar as coisas novas do teu pai sem lhe pedir licença.
Tu mandas na tua boca, nas tuas mãos e nos teus pés.
Tu tens poder para fazer o que está certo.
Não podes mudar ou controlar os outros, mas podes controlar as tuas próprias acções.

Mentir, copiar e roubar

Se mentes e dizes que o teu primo partiu a lâmpada, magoas o teu primo porque é ele que fica com as culpas. Mas também te magoas a ti. Se te habituares a mentir, as pessoas deixam de confiar em ti.
Se não sabes resolver o teste e copias pelo teste do teu colega, também te magoas a ti. O professor não sabe que precisas de ajuda nessa lição e podes vir a ter problemas nas lições seguintes.
E se roubas um baralho de cartas? Magoas o dono da loja, que precisa de vender as cartas para ganhar dinheiro. Magoas também a tua consciência, porque sabes que não está certo roubar.

Imitar os outros para pertencer ao grupo

Por vezes, as crianças pensam que, para que se goste delas, têm de ser como as outras crianças.
É normal querer pertencer a um grupo.
Mas não penses que tens de fazer disparates só para pertenceres ao grupo.

E se os teus amigos te convidarem para ires com eles sujar as janelas do senhor que vive ao fundo da rua?
Sabes que não deves sujar a casa de outra pessoa, mas não queres que os teus amigos pensem que és medricas.

Sê sincero contigo — e com o que tu pensas que está certo ou errado. Os amigos que querem que faças o que está errado não são teus amigos.
Podes sugerir-lhes outra coisa ou apenas dizer-lhes: “Não, obrigado”, e afastares-te.

Violência

Já deves ter visto jogos de vídeo onde ganhas pontos por bateres e dares pontapés ao “mau da fita”.
Jogos como este ensinam mal as crianças, porque a violência (fazer mal aos outros) está errada.
Em alguns casos raros, quando as suas vidas estão em perigo, as pessoas precisam de se defender. Isso chama-se “legítima defesa”, e é a única vez que faz sentido magoar outra pessoa.

Quando estás a discutir com alguém, existem outras hipóteses para além de lutar. Podes conversar ou não ligar.
Não está certo lutar.
Usa as tuas capacidades a favor da paz.

Ser bom e fazer o bem

Ser bom não tem só a ver com o que não se deve fazer. Também tem a ver com o que se deve fazer.
Está certo não sujar as janelas do vizinho, mas é melhor ajudá-lo a levar as compras para casa.
Está certo não chamar nomes às outras crianças, mas é melhor convidá-las para brincar.

É bom ajudar as pessoas que são tratadas injustamente. Isto é verdade, especialmente se elas não conseguem defender-se sozinhas por alguma razão — talvez por serem muito tímidas, por exemplo.
Não basta cumprir as regras. Vai mais longe — ajuda, defende, faz o bem.

Um mundo melhor

Vê as notícias e vais aperceber-te que há muitas coisas erradas no mundo. Mas tu podes ajudar a tornar o mundo melhor, pouco a pouco.
Sempre que não te vingas de alguém que te magoou, tornas o mundo mais pacífico.
Sempre que defendes os direitos de alguém, tornas o mundo mais justo.
Sempre que escolhes o bem em vez do mal, tornas o mundo melhor.

O mais importante é seres carinhoso.
Sê carinhoso… e nunca sairás mal.

Lisa O. Engelhardt
Errado e certo
e ficar liberto

Lisboa, Paulinas, 2003
Adaptação


endereço: http://contadoresdestorias.wordpress.com/2009/06/05/errado-e-certo-e-ficar-liberto/

imagem: dementes-inquietas.blogspot.com


segunda-feira, 28 de junho de 2010

ACOLHIMENTO E AMOR


Já notaram como reagimos diferente a cada pessoa e como algumas pessoas tem o Dom de despertar na gente... lá do fundo... coisas que são tão bonitas e delicadas que encantam até a gente mesmo...
É que existem pessoas muito especiais pra nossa história e que são capazes de revelar o que temos de mais bonito... aquela parte nossa mais natural e que nos faz sentir muito mais integridade... e nos encanta...
Muitas vezes temos que esconder lá no fundo uma parte de quem somos porque, por alguma experiência sofrida, foi machucada e prefere agora ficar guardada...
E essa parte bem delicada sabe que só pode vir à tona se tiver por perto alguém sensível que a possa reconhecer e acolher com amor...
Então... quando temos a sorte de encontrar pessoas que despertam o melhor de nós... também temos uma vontade grande de despertar o melhor de todas as pessoas ao nosso redor...
É que é tão bom ser assim de um jeito que é o seu jeito mais natural de ser, que quando experimentamos essa sensação queremos que todo mundo também se sinta assim...
Quanta coisa bonita está só esperando ser reconhecida e acolhida com amor pra se revelar.
Quantas vezes sabemos que com determinadas atitudes despertamos uma parte não tão bonita das pessoas, e mesmo assim não procuramos mudar...
Vamos buscar trazer à luz o melhor das pessoas que convivem com a gente e naturalmente todo mundo irá mostrar um lado novo... mais bonito e iluminado que... como uma luzinha mágica... vai se espalhar... e se espalhar... trazendo coisas cada vez mais bonitas das pessoas todas.
Temos que ser criativos pra usar o Dom do Amor e do Acolhimento, e despertar as partes adormecidas das pessoas que por algum motivo estão no nosso caminho...
É surpreendente como tem gente bonita escondida... só esperando um sorriso ou um carinho pra se mostrar e pra ajudar a colorir de arco-íris um mundo que anda tão sem cor...
Use o seu pincel do Amor e do Acolhimento pra pintar novos sorrisos e olhares mais brilhantes no rosto e no coração de quem você ama... e de quem você não ama... mas pode vir a amar com um amor que não é condicionado... Um Amor Maior... daqueles que nos mostram que Somos Todos Um...

Rubia A. Dantés


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sábado, 26 de junho de 2010

O PERDÃO


Paulo Roberto Gaefke

Segundo o dicionário (Dicionário Michaelis) a palavra perdão significa

"conceder perdão, absorver, remitir (culpa, dívida, pena, etc), desculpar e poupar-se". Parece incrível, mas perdoar é tudo isso e um pouco mais, perdoar é libertar-se de fardos desnecessários. Segundo o psicólogo americano Dr. Fred Luskin, autor de "O Poder do Perdão", a base de qualquer mágoa é não conseguir lidar com uma "emoção dolorosa", e quase sempre, essa emoção dolorosa é gerada por um fato simples que não aconteceu como o esperado. Colocamos os nossos desejos e sonhos em fatos e acontecimentos que nem sempre dependem só do nosso esforço, terceirizamos a felicidade
e corremos o risco constante de nos decepcionarmos.

E não se espante: o primeiro a sentir os efeitos de carregarmos mágoas, é o nosso corpo, resultando em depressão, problemas cardiovasculares, ansiedade, entre outras doenças que se formam a partir do nosso estado interior.
Exercitando o perdão:

1) Orgulho
Saiba que a maior dificuldade de perdoar vem do nosso orgulho. Quanto mais orgulhoso, maior a dificuldade em perdoar. Então, exercite-se na HUMILDADE.

2) Exclusividade
Nada que nos acontece é exclusivo! Pare de acreditar que só você é assaltado, que só você é traído, que só você não arruma emprego, só você não passa no exame... Saia dessa neura! Exclusividade só mesmo a sua impressão digital.

3) Assuma sua parte de responsabilidade na história.
Normalmente as coisas acontecem quando nós nos descuidamos de algumas regras básicas de segurança por exemplo, nos deixamos levar pela "aparência", ou nos calamos quando deveríamos falar sobre os nossos sentimentos. Em todas ás situações da nossa vida, tem um pouco de nós mesmos... pense onde você errou, reflita e mude.

4) Troque de lugar
Experimente vestir o sapato de quem você não consegue perdoar. É, troque de lugar, sinta-se no papel da pessoa que você não consegue perdoar... examine as possibilidades, a situação, o momento... Isso é maturidade!
5) Garantia!
No final, perceba que perdoar não é apenas a questão de garantir um lugarzinho no céu, mas antes de mais nada, é garantia de mais saúde, harmonia e tranqüilidade para viver plenamente a felicidade que tanto buscamos, por isso, perdoe o texto mais longo,
esse é o começo de uma nova vida.


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quinta-feira, 24 de junho de 2010

A SUAVIDADE CONSEGUE ESCULPIR


O Mosteiro na margem do Rio Piedra está cercado por uma linda vegetação, verdadeiro oásis nos campos estéreis daquela parte da Espanha.

Ali, o pequeno rio transforma-se numa caudalosa corrente, e se divide em dezenas de cachoeiras.

Quem caminha por aquele lugar escuta a música das águas e encontra, de repente, uma gruta, debaixo de uma das quedas d´água.

Observando cuidadosamente as pedras gastas pelo tempo, as formas que a natureza cria com paciência, vê-se escrito numa placa, os seguintes versos de Rabindranath Tagore:

Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção.

Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.

Desconheço o Autor


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terça-feira, 22 de junho de 2010

AMIGOS DE CARREIRA


Para Reflexão:

Existem cinco estágios em uma carreira


1 - O primeiro estágio é aquele em que um funcionário precisa usar crachá, porque quase ninguém na empresa sabe o nome dele.


2- No segundo estágio, o funcionário começa a ficar conhecido dentro da empresa e seu sobrenome passa a ser o nome do departamento em que trabalha..

Por exemplo, "José de contas a pagar."


3- No terceiro estágio, o funcionário passa a ser conhecido fora da empresa e o nome da empresa se transforma em sobrenome. "José da usina tal."

4- No quarto estágio, é acrescentado um título hierárquico ao nome dele: "José, Gerente da usina tal."

5- Finalmente, no quinto estágio, vem a distinção definitiva. Pessoas que mal conhecem o José passam a se referir a ele como 'o meu amigo José, Gerente da usina tal'.
Esse é o momento em que uma pessoa se torna, mesmo contra sua vontade, 'um amigo profissional'.


Existem algumas diferenças entre um amigo que é amigo e um amigo profissional:
  • Amigos que são amigos trocam sentimentos. Amigos profissionais trocam cartões de visita.
  • Uma amizade dura para sempre. Uma amizade profissional é uma relação de curto prazo e dura apenas enquanto um estiver sendo útil ao outro.
  • Amigos de verdade perguntam se podem ajudar. Amigos profissionais solicitam favores.
  • Amigos de verdade estão no coração. Amigos profissionais estão em uma planilha.

É bom ter uma penca de amigos profissionais. É isso que hoje chamamos networking, um círculo de relacionamentos puramente profissional.
Mas é bom não confundir uma coisa com a outra. Amigos profissionais são necessários. Amigos de verdade, indispensáveis. Imagine você um dia descobrir que tinha bem mais amigos do seu cargo do que da sua pessoa!
Algum dia (e esse dia chega rápido) os únicos amigos com quem poderemos contar serão aqueles poucos que fizemos quando amizade era coisa de amadores e não de profissionais.

Por isso preservem as amizades verdadeiras porque os amigos da tua posição desaparecerão, os amigos da sua pessoa permanecerão do teu lado."


Max Gehringer


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imagem: ajsibr.org



domingo, 20 de junho de 2010

O CARNEIRO REVOLTADO


Certo carneiro muito inteligente, mas indisciplinado, reparou os benefícios que a lã espalhava em toda parte, e, desde então, julgou-se melhor que os outros seres da Criação, passando a revoltar-se contra a tosquia.
- Se era tão precioso – pensava -, por que aceitar a humilhação daquela tesoura enorme? Experimentava intenso frio, de tempos a tempos, e, despreocupado das ricas rações que recebia no redil, detinha-se apenas no exame dos prejuízos que supunha sofrer.
Muito amargurado, dirigiu-se ao Criador, exclamando:
- Meu Pai, não estou satisfeito com a minha pelagem. A tosquia é um tormento... Modifica-me, Senhor!...
O Todo-Poderoso indagou, com bondade:
- Que desejas que eu faça?
Vaidosamente, o carneiro respondeu:
- Quero que a minha lã seja toda de ouro.
A rogativa foi satisfeita. Contudo, assim que o orgulho ovino se mostrou cheio de pêlos preciosos, várias pessoas ambiciosas atacaram-no sem piedade. Arrancaram-lhe, violentamente, todos os fios, deixando-o em chagas.
O infeliz, a lastimar-se, correu para o Altíssimo e implorou:
- Meu Pai, muda-me novamente! não posso exibir lã dourada... encontraria salteadores sem compaixão.
O Sábio dos Sábios perguntou:
- Que queres que eu faça?
O animal, tocado pela mania de grandeza, suplicou:
- Quero que minha lã seja lavrada em porcelana primorosa.
Assim foi feito. Entretanto, logo tornou ao vale, apareceu no céu enorme ventania, que lhe quebrou todos os fios, dilacerando-lhe a carne.
Regressou, aflito, ao Todo-Misericordioso e queixou-se:
- Pai, renova-me!... A porcelana não resiste ao vento... estou exausto...
Disse-lhe o Senhor:
- Que queres que eu faça?
- A fim de na provocar os ladrões e nem ferir-me com porcelana quebrada, quero que a minha lã seja feita de mel.
O Criador satisfez o pedido. Todavia, logo que o pobre se achou no redil, bandos de moscas asquerosas cobriram-no em cheio e, por mais corresse campo a tora, não evitou que elas lhe sugassem os fios adocicados.
O mísero voltou ao Altíssimo e implorou:
- Pai, modifica-me... as moscas deixaram-me em sangue!
O Senhor indagou de novo, com inexaurível paciência:
- Que queres que eu faça?
Dessa vez, o carneiro pensou mais tempo e considerou:
- Suponho que seria mais feliz se tivesse minha lã semelhante às folhas de alface.
O Todo-Bondoso atendeu-lhe mais uma vez a vontade e o carneiro voltou a planície, na caprichosa alegria de parecer diferente. No entanto, quando alguns cavalos lhe puseram os olhos, não conseguiu melhor sorte. Os eqüinos prenderam-no com os dentes e, depois lhe comerem a lã, abocanharam-lhe o corpo.
O carneiro correu na direção do Juiz Supremo, gotejando sangue das chagas profundas, e, em lágrimas, gemeu humilde:
- Meu pai, não suporto mais!...
Como soluçasse longamente, o Todo-Compassivo, vendo que ele se arrependera com sinceridade, observou:
- Reanima-te, meu filho! Que pedes agora?
O infeliz replicou, em pranto:
- Pai, quero voltar a ser um carneiro comum, como sempre fui. Não pretendo a superioridade sobre meus irmãos. Hoje sei que os meus tosquiadores de outro tempo são meus verdadeiros amigos. Nunca me deixaram em feridas e sempre me deram de comer e beber, carinhosamente... Quero ser simples e útil, qual me fizeste, Senhor!...
O Pai sorriu, bondoso, abençoou-o com ternura e falou:
- Volta e segue teu caminho em paz. Compreendeste, enfim, que meus desígnios são justos. Cada criatura está colocada, por minha Lei, no lugar que lhe compete e, se pretendes receber, aprende a dar.
Então o carneiro, envergonhado, mas satisfeito, voltou para o vale, misturou-se com os outros e daí por diante foi muito feliz.

Neio Lúcio
(Francisco Cândido Xavier)

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imagem: semeamor.blogspot.com

quinta-feira, 17 de junho de 2010

ONDE ESTÁ SEU IRMÃO?



Encontrei um menor na rua, sem camisa, costas nuas, sem sapatos, pés no chão sujos como a mente de tanta gente que se conforma com a situação:
- "Menino, onde está seu irmão"?

Encontrei um velho maltrapilho, sem bengala, sem o filho, sem amparo no mundo cão, perguntei-lhe de repente por que tanta gente se conforma com a situação:
- "Velho onde está seu irmão"?

Encontrei uma mãe solteira encaminhando-se para uma fileira que terminava na prostituição, acomodados na triste sina conformavam-se com a situação:
- "Mãe solteira, onde está seu irmão"?

Encontrei um migrante e um patrício, chegados a pouco numa procura que não há quem não canse. Encontrei um louco, sem hospital, sem hospício; todos sem
chance. Um aleijado com ofício e um cego vendo com a mão. Perguntei sem me conformar com a situação:
- "Ei, onde estão seus irmãos"???

Encontrei um sem teto, filho sem colchão, mãe sem afeto e mesa sem pão...:
- "Ei, onde estão seus irmãos???"

Encontrei um ex-prisioneiro marcado pelo erro que cometeu. Encontrei um excepcional sem centro de recuperação. Encontrei um homem de quarenta vetado na profissão:
- "Ei, onde estão seus irmãos???"
- Irmãos???
- Ou pelo menos um irmão... cadê o próximo? Cadê o cristão?

Procurei e fiquei vermelho com o susto que me ocorreu...
pois ao ver-me no espelho vi que o irmão era EU..!!!

Desconheço a autoria



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vibelline.blogspot.com

terça-feira, 15 de junho de 2010

SELO: THE VERSATILE BLOGGER

Amigos, recebi este selo da minha doce Jeanne do blog: http://jardinsdeumaalmaeterna.blogspot.com/.

A Jeanne é uma amiga de profunda alma amorosa, na sua simplicidade e com grande visão de vida.
Nos faz refletir pelos seus posts nos dando exemplos da sua força interior.
Jeanne, muito obrigado pelo carinho e amizade.

Só tem duas regras, uma delas é que tenho que falar nove coisas recentes sobre mim e a outra é repassar para nove amigos (as).

Muito tranquilo é a minha vida, onde família, amigos, trabalho voluntário, leituras se harmonizam.
Então, vamos ver o que dá para escrever de interessante...

1- Estou começando a ler o livro Mediunidade caminho para ser feliz da Suely Caldas Schubert.
2 - Estou de dieta (perdi 11kg) porque estou de boca fechada.
3 - Fui assisir ao filme "A fúria dos Titãs". Gosto muito de mitologia.
4 - Assisti ao jogo do Brasil pela TV e me decepcionei um pouco. Quem sabe melhore daqui para a frente.
5 - Estou conseguindo encarar em dar aula dentro de um grupo espírita. Tenho fugido deste desafio durante mais de 20 anos.
6 - Falta de assunto...


Então vou nomear os nove contemplados com o selinho, sempre com o coração na mão, pois não posso colocar todos os blogs amigos aqui na lista:

1 - Carmen, do blog http://moralesvilanova.blogspot.com/
2 - Eliana, do blog http://coisasboasdavida-elianapessoa.blogspot.com/
3 - Hana, do blog http://hana-yama.blogspot.com/
4 - Eleonora, do blog http://eleonora-colchaderetalhos.blogspot.com/
5 - Julimar, do blog http://julimarmurat.blogspot.com/
6 - Isa, do blog http://valedosolencantado.blogspot.com/
7 - Teresa Cristina, do blog http://fazendomeucaminho.blogspot.com/
8 - Zizi, do blog http://liztarot.blogspot.com/ e
9 - ValeriaC, do blog http://docefilosofia.blogspot.com/

Um imenso abraço!!!!!




domingo, 13 de junho de 2010

SE PEDES...


Se você pede paciência a Deus, surgirá pessoas impacientes ao seu lado.

Se você pede tolerância a Deus, surgirá pessoas intolerantes ao seu redor.

Se você pede paz a Deus, surgirá pessoas difíceis no seu caminho.

Afinal são essas pessoas que te dirão se você está tendo paciência, tolerância e paz contigo mesmo.
Se aparecem essas pessoas é porque você já está preparado para auxiliá-los.
Vamos ver se aprendemos ?
Sendo discípulos do Mestre, não de carteirinha e sim de coração?

Desconheço o Autor


endereço e imagem: internet


quinta-feira, 10 de junho de 2010

SELO PELA PAZ MUNDIAL



Recebi este carinho da minha grande amiga Hana do blog "http://hana-yama.blogspot.com", cujo coração irradia muita luz e alegria.
Hana, obrigado pelo selo e pela sua doce amizade!

Como é um selo que visa a paz mundial, quero compartilhar com todos os amigos e amigas que vem a este cantinho.
Ajudemos a transformar o mundo!!!
Obrigado a todos vocês, também, pela amizade!!!

Um beijo!!!



segunda-feira, 7 de junho de 2010

A IMPORTÂNCIA DOS DETALHES


Você já pensou na importância dos detalhes?

Muitas pessoas falam de moralidade, virtude e bondade, mas são raras as que praticam essas qualidades no dia-a-dia, com as pessoas com as quais convivem.

Seus olhares geralmente estão voltados para o todo, para a comunidade, mas se esquecem de que o todo é formado pelos indivíduos.

Para que se possa efetivamente aumentar o bem-estar geral, é preciso iniciar por praticar virtudes como a de responder gentilmente a um familiar ou colega de trabalho, no momento em que este solicita.

Quem não dá importância aos detalhes, não terá êxito nas grandes coisas, pois as coisas grandiosas são compostas pelas pequeninas.

Pensando assim, chegaremos à conclusão de que detalhes não existem de fato.

O que nos parece um detalhe é a parte mais importante, e a que realmente faz a diferença.

É inegável que a vida se torna mais leve quando somos tratados com pequenos gestos de gentileza, cortesia e atenção.

Ainda que possam nos parecer insignificantes, as ações benevolentes provocam um efeito semelhante ao que ocorre quando jogamos uma pedra num lago.

Pequenas ondulações surgem e vão se espalhando pela superfície líquida. Assim também os pequenos gestos de bondade provocam ondulações no caráter de quem os recebe.

Essas atitudes têm um grande poder de transformação, pois quem as experimenta se deixa penetrar pelas vibrações agradáveis e tende a repeti-las com as outras pessoas.

Por isso, se você se importa mesmo com o bem geral, comece por promover a sua melhoria íntima, nos mínimos detalhes.

Comece a observar suas ações no dia-a-dia e se questione sempre:

“Esta minha atitude está contribuindo para que eu me transforme no tipo de pessoa que desejo ser?”

“Minha maneira de agir com as pessoas que cruzam o meu caminho está contribuindo para o bem-estar geral?”

Um único minuto de atenção que damos a alguém pode significar muito para o bem geral.

Da mesma forma, uma palavra áspera, a indiferença diante da dor de alguém e a falta de atenção podem gerar dissabor em grande escala.

Por todas essas razões, se você deseja construir um mundo melhor comece a prestar atenção nos detalhes.

Olhe para dentro de cada coração e descubra ali os valores existentes e use-os para gerar harmonia e bem-estar.

Um indivíduo que se sente feliz e valorizado, será, certamente, mais um aliado seu para melhorar o mundo.

Um aliado que irá, tanto quanto você, vislumbrar o imenso horizonte a ser conquistado, a ser cultivado com as flores de amizade, do respeito e da bondade.

Quando prestamos atenção nos detalhes e aproveitamos cada oportunidade para fazer o bem, estamos construindo o bem comum.

Agindo assim chegaremos à essência da vida. E a essência da vida é o amor. Não um amor geral, destituído de significado, mas um amor ativo, criativo e atencioso nos mínimos detalhes.

Pense nisso!

Todas as pessoas que fizeram e fazem a diferença no mundo, cuidaram dos detalhes.

Um olhar de ternura, uma resposta gentil, um pequeno favor, a atenção aos que são desprezados pela maioria, são qualidades das pessoas de bem.

Assim, se desejamos realmente fazer o bem devemos fazê-lo nos mínimos detalhes...


Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.


endereço: http://www.momento.com.br/

imagem: exiliodojaguar.blogspot.com


sábado, 5 de junho de 2010

ALTA COMO UMA ESTACA


Alexandra arranca os ganchos coloridos do cabelo preso e solta-o.

Nem aos ombros lhe chega. Não é comprido nem curto nem nada bonito.

— Buu!! — Alexandra faz uma careta para a sua imagem no espelho. O cabelo faz lembrar as repas do seu cão Bitó.

A um galgo até ficam bem. A Alexandra, não.

Nem sequer tem uma cor definida o cabelo de Alexandra. Não é loiro nem castanho. Está entre o loiro escuro e o castanho claro.

Furiosa, Alexandra agarra no sabonete molhado que está pousado em cima do lavatório e besunta o espelho todo com riscas cor-de-rosa diagonais, sobre a imagem da sua cara.

Alexandra não se suporta a si própria.

Nem aos seus olhos azul pálido.

Gostava era que fossem castanho escuro, como os de Manuela, a vizinha do lado.

Pior do que as repas à cão e dos olhos azul claro é a sua altura. É um palmo mais alta do que o maior rapaz da turma. Ainda ontem o pai tornou a dizer:

— A Alexandra cresce como um pé de feijão: cada vez mais!

E o que hão-de dizer os familiares que não vêem Alexandra há muito tempo?

— Meu Deus! Cresceu tanto! Daqui a pouco estás maior do que nós!

Ainda bem que não dizem:

— Olá, girafa, como estás!?

Durante a noite, Alexandra sonha que tem uns pés muito pequeninos e umas pernas curtas, mas um pescoço enorme, enorme como um campanário e, bem lá no cimo, balança uma cabeça pequena. Vê-se a correr por uma praça fora com muita gente atrás dela, mas não consegue esconder-se em lado nenhum.

O pior é quando recebem visitas que nunca tinham visto Alexandra.

— Aah! — costumam dizer à mãe, e depois fazem uma pequena pausa. — Então esta é que é a tua filha!…

E soa como se dissessem: então este é que é o camelo de quem se fala na família e entre os amigos.

Alexandra exagera um bocadinho. Como não gosta de si, põe na boca dos outros a ideia que tem de si.

É certo que Alexandra é alta para a idade, mas não é uma girafa, um camelo ou um dinossauro. Dinossauro, acabou agora mesmo de inventar.

E hoje gostava de estar especialmente bonita. Para o engraçado do tio Ralph que, passados quatro anos, os visita de novo em Viena. O tio Ralph vive em Londres e está casado com a irmã da mãe.

Mas, quando vir Alexandra, também ele vai, com certeza, dizer:

— Então esta é que é a pequena Alexandra?

Ela não tem nada de que se possa gostar à primeira vista. Não é pequena nem graciosa como a Manuela do lado. Não tem olhos escuros nem cabelos bonitos como os de Manuela, castanhos cor de avelã. Alexandra é um feijão e os feijões não são dignos de apreço.

Para além do papá e da mamã, mais ninguém é carinhoso para com feijões. Alexandra vê muito bem a diferença de trato em relação à Manuela do lado. Se cá vem quando estão com visitas, as visitas ficam logo com os olhos a brilhar, embora ela nem pertença à família.

Abraça-se a Manuela, até se lhe faz festas no cabelo e pergunta-se-lhe o nome, como se isso fosse de uma grande importância.

Na semana passada, na aula de Desenho, Alexandra teve de fazer um auto-retrato, mas a folha era muito pequena. Começou em baixo, pelos pés, e ainda só ia na testa quando o papel acabou, em cima. Já não houve espaço para o cabelo, e assim teve de ficar careca.

De algum tempo para cá, adoptou uma má postura: um pouco inclinada para a frente, os ombros ligeiramente encolhidos, as costas um pouco curvadas. Nesta posição, Alexandra parece uns bons dois centímetros mais pequena do que aquilo que realmente mede.

Quando, na aula, é chamada ao quadro, encolhe ainda um pouco a cabeça e avança com a nova postura de “dois centímetros a menos”. Corada, à frente do quadro preto esverdeado, sendo a única de pé no meio dos outros vinte e três colegas sentados, parece-lhe ser maior do que nunca. Por isso, dobra ainda imperceptivelmente os joelhos, o que lhe retira mais meio-centímetro.

Esse meio-centímetro faz muito bem à auto-estima de Alexandra.

A mãe põe a mesa para a chegada do tio Ralph.

— A Manuela não pode vir cá hoje, quando o tio Ralph cá estiver! Pelo menos hoje, queremos estar a sós com ele — diz Alexandra.

A mãe tira uma pétala amarela a uma rosa.

— Também acho melhor. Agora que o Ralph acaba de chegar. Mas diz lá… — a mãe vira-se para Alexandra. — Discutiste com a “Manni”?

— Não…sim… — Alexandra não quer, de modo nenhum, revelar o verdadeiro motivo: Manuela tem olhos castanhos- scuros e o cabelo cor de avelã, e é pequena e delicada. O tio Ralph nem devia vê-la pela frente. Pelo menos, por enquanto.

— Mas é grave? — pergunta a mãe. — A Manni é sempre tão querida. O que é que se passa entre vocês as duas?

— Ah, não é nada — abandona a sala apressadamente.

“Manni” … Aqui está outra coisa enjoativa. “Manuela” é muito mais bonito do que aquele diminutivo, que é mesmo estúpido. Ainda assim… “Manni” é um nome carinhoso, uma coisa para meninas pequenas, queridas, delicadas.

Só os pais é que a tratam por “Xana”. Mais ninguém se lembraria de lhe dar um nome pequeno. Um nome comprido, com imensas letras, assenta como uma luva a um longo pé de feijão.

— Põe os ganchos do cabelo — aconselha a mãe de Alexandra, assim que a filha volta à sala. — Pelo menos os cabelos parecem em ordem. Se o avião de Londres tiver aterrado a horas, o pai pode chegar aí com o tio Ralph a qualquer momento.

— Fico mal com os ganchos!

De repente, sente os olhos marejados de lágrimas. A mãe não dá conta porque está de costas, a pôr a mesa. De repente, Alexandra ganha raiva também à mãe, que põe a mesa, que dobra os guardanapos em leques azuis claros e que arranja as flores da jarra para que pareçam bonitas vistas de qualquer lado.

“Bem posso compor-me quanto quiser”, pensa Alexandra. “Com ou sem ganchos fico sempre sem graça nenhuma.”

Olha! Aquela é a voz do tio Ralph, com o seu inglês engraçado, todo enrolado. A porta vai abrir-se a qualquer momento.

Alexandra corre para a casa de banho, pega nos ganchos em forma de rosa e prende-os no cabelo, de ambos os lados.

Ao menos os ganchos são bonitos!

— Olá! — grita a mãe abraçando o cunhado.

O tio Ralph pousa a pesada mala preta, deixa descair dos ombros o saco de desporto de onde sai uma raquete de ténis.

Great to be back home — exclama, como se a sua casa fosse ali e não em Inglaterra. Com o tio Ralph, uma pessoa sente-se logo à vontade! Ri muito e sabe montes de boas anedotas. Até anedotas para crianças.

Está moreno e, com o bigode crescido dos lados, parece-se um pouco com um leão marinho.

Alexandra observa o tio Ralph do vestiário, onde se escondeu até se decidir ir cumprimentá-lo. Dantes, quando era pequena, corria para ele de braços abertos.

Hoje, não está para corridas. O tio Ralph ainda se assusta ao ver uma coisa tão alta a correr para ele…

Um pé de feijão não corre.

And where is little Alexandra? — pergunta o Tio Ralph, procurando-a com o olhar à sua volta.

Alexandra estremece.

— Bem — diz o pai, não sem orgulho. — Até vais admirar-te. Da little Alexandra fez-se uma grande Alexandra. Espero, caro Ralph, que, a partir de hoje, fales alemão! O meu inglês não vai além de good morning e good evening.

Okay! Então, onde está a Alexandra? — a forma como o tio pronuncia soa a “Aleksandruá”!

Devagarinho, Alexandra sai da meia-escuridão e dirige-se ao tio na sua postura de “dois centímetros e meio a menos”.

Ele abre os braços cheio de uma alegria efusiva. É bonito porque o tio Ralph “esmaga-a” exactamente como dantes.

My goodness! — espanta-se — What a big girl! Mas que alta que estás!

Os cantos da boca de Alexandra encolhem-se e descaem.

Like a mannequin!! — acrescenta tio Ralph radiante.

Da forma como o tio pronuncia a palavra estrangeira, ela não pode significar nada de feio. Nenhuma girafa, nenhum dinossauro.

Ele diz: “man’cã” e pronuncia as últimas sílabas pelo nariz como se estivesse constipado.

A mãe ri porque reparou na expressão de surpresa e confusão de Alexandra.

Mannequin é uma palavra francesa — explica — Já te contei uma vez que a minha irmã Deborah fazia desfiles. Era manequim.

— Ah! — diz Alexandra.

Antes de poder continuar a falar, o Tio Ralph fá-la girar sobre si mesma, observa-a de todos os lados e prega-lhe na testa um beijo áspero por causa do bigode.

— Asseguro-vos — repete — que vai ser igualzinha à minha Deborah. Até tem os mesmos olhos claros! Beautiful blue eyes!!

Alexandra não cabe em si de espanto. Que surpresa! Abre bem os olhos azul-água porque assim parecem mais azuis e de certeza que ficam mais bonitos.

O pai dá pancadinhas na cara de Alexandra. É o que faz quando está orgulhoso dela, mas Alexandra não suporta aquilo. Já não é nenhum bebé. E agora muito menos.

É uma futura manequim.

— Bem, e agora vamos merendar. Tens de descansar da viagem — diz a mãe.

— Anda cá! — o tio Ralph chama Alexandra com um gesto. — Senta-te à minha beira!

Durante a merenda, Alexandra desabrocha como um pé de feijão, que cresce muito direito, com muitos rebentos brancos. Alexandra sente-se outra.

O tio Ralph segura-lhe na mão o tempo todo, excepto quando empurra com o polegar um pedaço de bolo para o garfo.

— Lá — diz, referindo-se a Londres — muitas raparigas são altas. Altas e elegantes como Alexandra mas não tão bonitas! — e pisca o olho esquerdo. — Mas os vienenses são todos uns arõezinhos!

— Anõezinhos — corrige-o o pai.

Depois do leite achocolatado, Alexandra levanta-se e dirige-se ao quarto de banho, de costas direitas, ombros direitos e com os seus dois centímetros e meio novamente recuperados.

Vai direita ao espelho e apaga, com uma toalha húmida, as riscas de sabão.

O reflexo de Alexandra no espelho vai-se tornando mais nítido. Vê os seus olhos azul-água e sorri, radiante, para a sua nova imagem.

Alexandra tira os ganchos do cabelo. Não precisa deles. Assim também é bonita.

O tio Ralph foi muito, muito simpático para com ela, segurou-lhe na mão e disse-lhe que era bonita. E em Londres toda a gente é alta. E elegante.

“Afinal”, pensa Alexandra, “sempre vou dizer à Manuela que venha cá hoje.”

Evelyne Stein-Fischer
13 Geschichten vom Liebhaben
München, DTV Junior, 1990
Texto adaptado



endereço: http://contadoresdestorias.wordpress.com/2007/07/17/alta-como-uma-estaca-evelyne-stein-fischer/

imagem: bruxinhasde hogwarts2.vilabol.uol.com.br


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