domingo, 28 de junho de 2009

DA SINCERIDADE


Havia um mestre sufi, estremamente iluminado e que era extremamente misericordioso. Ele vivia isolado perto de um rio, onde pescava diariamente. Era tão misericordioso que cortava a cabeça dos peixes, fazia uma sopa com ela, da qual se alimentava e entregava o restante dos peixes para os pobres e necessitados. E vivia uma vida muito simples, na mais simples das casas, no local mais humilde.

Um dia, esse mestre se sentiu estagnado. Passaram-se alguns anos e ele pensava que não progredia, que estava perdendo tempo, que nada ocorria. Triste, pediu para um discipulo para procurar aquele que era o seu mestre, a dias de viagem. Solicito, o discipulo foi até onde morava o mestre de seu mestre.

Lá chegando na cidade, perguntou do famoso mestre. E todos apontavam para uma colina onde havia um palácio. O dervixe estranhou e foi até lá. Antes de chegar, viu uma enorme propriedade, com muitos rebanos e extensas plantações. Perguntou para um dos empregados quem era o dono e este disse que era não menos aquele a quem ele procurava e que este era o dono de tudo aquilo, e que residia no palácio ! Pasmo, o dervixe continuou até o palácio, imaginando como um alguém tão rico e poderoso poderia ser o mestre daquele homem iluminado e humilde que o orientava.

Lá chegando, viu uma enorme caravana, onde estava o dito mestre, vestido como um principe. O dervixe ficou ainda mais pasmo. Não voltou para casa, sem cumprir a tarefa, apenas pela mais sincera lealdade.

E assim o dervixe se aproximou do poderoso homem que iria orientar seu mestre. E explicou a situação. O homem pensou e disse: "Seu mestre é muito ligado as coisas materiais". O dervixe ficou revoltado ! Como ?! Seu mestre era o homem mais humilde de todos! Resolveu não contar a ele a resposta, por piedade...

Voltando, o mestre pediu ao discipulo que disse-se o que havia ouvido. E o dervixe não quis contar. Após muita insistencia, acabou por ceder. Nesse momento seu mestre se iluminou, glorificou a Allah e sentiu que tinha subido vários degraus em sua escalada.

Mas pasmo ainda, o pobre dervixe inquiriu o mestre para saber onde estava o sentido daquilo tudo. E o mestre disse: "Sabe quando dava o corpo dos peixes e ficava só com a cabeça ? Eu sempre pensei: Como seria bom se ficasse com ele inteiro !!!"

Tenhamos sinceridade em nossa ações!

(Autor desconhecido)


endereço: http://www.casadobruxo.com.br/textos/dasinc.htm

imagem:ecceancilladomini.wordpress.com/.../page/4


sexta-feira, 26 de junho de 2009

O JOGO DO CONTENTE


Foi no ano de 1912 que a escritora americana Eleanor Hodman Porter lançou a novela intitulada Polyanna. A repercussão, na época, no mundo inteiro foi de uma impressionante onda de esperança, entusiasmo e otimismo.

A novela relata a história de uma menina, órfã de mãe, cujo pai encomenda para o natal uma boneca que ela estava pedindo há muito tempo.

Quando chegou a encomenda, contudo, para grande decepção da menina, o embrulho continha um par de muletas. Quando ela começa a chorar, o pai a consola dizendo que ela deve ficar contente. Contente por que? Desabafa ela. Eu pedi uma boneca e ganhei um par de muletas. Pois fique contente por não precisar delas.

A partir daí, o pai, muito sábio, estabelece o que ele chamaria o jogo do contente.

Assim, quando ele morre e Polyanna é entregue aos cuidados de uma tia amarga, carrancuda, exigente, em vez de sofrer com as maldades que ela lhe apronta, Polyanna encontra em tudo um motivo para ser feliz.

O quarto é muito pequeno? Ótimo, assim ela o limpará bem mais depressa.

Não existem quadros na parede, como havia em sua casa? Que bom, assim ela poderá abrir a janela e olhar os quadros da natureza, ao vivo.

Não tem um espelho? Excelente, assim nem verá as sardas do seu rosto.

Mais tarde, ela acabará conquistando para o jogo do contente a empregada e a própria tia, austera e má.

A história que foi continuada em uma outra obra, chamada Polyanna moça, nos remete aos conceitos exarados em O Evangelho segundo o Espiritismo, a respeito do homem de bem, que "sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar."

Portanto, nos momentos de graves dificuldades, busquemos os motivos para nos alegrar.

Nosso passeio de final de semana não deu certo, por causa da chuva que caiu torrencial? Alegremo-nos por estarmos em nossa casa, abrigados, e aproveitemos esses dias para uma convivência maior com a família.

A viagem de férias, tão planejada, foi por água abaixo porque o salário não chegou e a gratificação foi menor do que o esperado?

Fiquemos contentes e vamos curtir o cantinho doméstico. Aproveitemos o tempo para conviver com os amigos, sair com os filhos. Conhecer os recantos públicos da cidade, conviver com a natureza.

***

Viver com alegria é uma arte. Por isso mesmo, preservemos a jovialidade em nossa conduta. Porque um cenho carregado sempre reflete aflição, desgosto e contrariedade. E não faz bem a ninguém.

Destilemos alegria e bom ânimo, irradiando o bem estar que provém de nosso coração.

“O tesouro de um comportamento jovial tem o preço da felicidade que oferece a todas as pessoas.”

Alegremo-nos e nos sintamos felizes por viver na terra, especialmente nesta nova era de um novo milênio de tantas esperanças, e colaboremos eficazmente pela concretização do bem nos corações e a paz no mundo, começando pela instalação em nós mesmos.

Momento Espírita

FONTES:

01. Revista Presença Espírita nº 222 - O Jogo do contente
02. Vida Feliz , Cap. XXXIV
03. O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XVII, item 3.


endereço: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=327&let=J&stat=0

imagem: muratisler.blogcu.com/polyanna


quarta-feira, 24 de junho de 2009

A VERDADE


A porta da verdade estava aberta,

mas só deixava passar

meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,

porque a meia pessoa que entrava

só trazia o perfil de meia verdade.

E sua segunda metade

voltava igualmente com meio perfil.

E os dois meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.

Chegaram a um lugar luminoso

onde a verdade esplendia seus fogos.

Era dividida em duas metades,

diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.

As duas eram totalmente belas.

Mas carecia optar. Cada um optou conforme

seu capricho, sua ilusão, sua miopia.


Carlos Drumond de Andrade


endereço: http://www.geocities.com/seijirovix/TextosparaRefletir/averdade.html

imagem: http://www.quaseumdiario.wordpress.com


segunda-feira, 22 de junho de 2009

OS QUATRO QUADRANTES CEREBRAIS


Sobre Criatividade, existe uma conceituação interessante que podemos analisar, criados por um psicólogo chamado Roger Von Oech. Este analisou as 4 formas de pensar do ser humano e simbolizou em quatro papéis.

Podemos dizer que o indivíduo, ao refletir sobre algo, deve ter quatro posturas: ele deve primeiro perceber, depois refletir, após concluir e, por último, agir. Estes quatro papéis podem ser representados na forma dos quatro quadrantes cerebrais: O Explorador, o Artista, o Juiz e o Guerreiro.

4 Quadrantes Cerebrais

O Explorador busca obter informações no mundo para justificar a sua curiosidade. Ele não se preocupa em qualidade de informações e sim em quantidade. Experimenta pesquisar várias abordagens e ângulos. Sua característica básica é a ousadia. Em termos de quadrante cerebral, este papel é função principal do Hemisfério Cerebral Esquerdo, em sua parte posterior. Esta mentalidade investigativa é essencial para o início do processo criativo.

O Artista dispõe de todos os dados que o Explorador obteve e os adapta, transforma, inverte, reinventa, compara, distorce e associa, transformando de todas as formas possíveis. Esta fase é a incubadora de idéias e nada deve ser criticado. A melhor frase para defini-lo é a de Linus Pauling: "O melhor jeito de se ter uma boa idéia é se ter uma porção de idéias". Este lado da mente é função principal do Hemisfério Cerebral Direito, em sua paste posterior. A visualização ajuda muito neste processo.

O Juiz é o terceiro papel criativo. Ao contrário do que se pensa, este é um papel extremamente importante. Muitas ótimas idéias se perdem por não se usar o lado juiz no momento certo. O Juiz avalia o que o artista criou e questiona a sua adequação e viabilidade, adaptando os recursos disponíveis. Ele sempre se pergunta: "o que / quando / como / quanto?" E, também se pergunta, após a implantação de idéias: "o que pode ser melhorado? O que aprendi com as falhas? O que aprendi com os acertos?" Este lado da mente é função do Hemisfério Cerebral Esquerdo, em sua parte anterior. É uma das funções mais recentes, evolutivamente falando, do cérebro humano, o que justifica a dificuldade que temos de empregá-la apropriadamente. Muitas vezes nós permitimos que o Juiz invada o papel do Explorador ou do Artista, impedindo o desenvolvimento adequado de suas funções. Ou, ao invés, nós bloqueamos o Juiz, dificultando as nossas avaliações isentas de nossas decisões.

Uma boa frase para o nosso Juiz é a seguinte: "Os erros são um sinal de que estamos experimentando novos caminhos" (Roger Van Oech).

O Guerreiro é o quarto papel criativo. Ele obtém as idéias aprovadas pelo Juiz e as implanta. O Guerreiro é o seu Fazedor Interno e o Realizador - ele detém a chave da Motivação. Não é suficiente utilizarmos bem o Explorador, o Artista e o Juiz, se pecamos em impedir que o Guerreiro se manifeste. Esta parte está principalmente localizada em nosso Hemisfério Cerebral Direito, em nossa parte anterior, e ela é que nos encaminha para a realização. Uma boa frase para o Guerreiro seria: "O Guerreiro toma tudo como um desafio. O homem comum toma tudo como benção ou maldição." (Carlos Castaneda). O Guerreiro deve ser imune as críticas, pois o seu Juiz já teve tempo para verificar todas. O Guerreiro não deve ser cego ou teimoso e nem soberbo, mas manter-se firme, caso continue recebendo "feedback" positivo das outras partes de sua mente. Para isso deve lembrar-se da frase de Krisnamurti: "Quem tenta se analisar com base no que outra pessoa pensa, será sempre um ser humano de Segunda mão.".

Em suma, se perceber dificuldades com a sua Criatividade, analise se os seus papéis criativos por acaso não estão misturados ou enfraquecidos. Para isso é importante que os papéis sejam utilizados na hora certa: quando for hora de perceber, perceba; na hora de refletir, reflita; na hora de concluir, conclua; e na hora de agir, aja.


Endereço: http://www.casadobruxo.com.br/textos/os4.htm

Imagem: Internet


quinta-feira, 18 de junho de 2009

O HOMEM, AS VIAGENS



O homem, bicho da Terra tão pequeno
chateia-se na Terra
lugar de muita miséria e pouca diversão
faz um foguete, uma cápsula, um módulo
toca para a Lua
desce cauteloso na Lua
pisa na Lua
planta bandeirola na Lua
experimenta a Lua
coloniza a Lua
civiliza a Lua
humaniza a Lua
Lua humanizada: tão igual à Terra
o homem chateia-se na Lua
Vamos para Marte, ordena à suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
pisa em Marte
experimenta
coloniza
humaniza Marte com engenho e arte
Marte humanizado, que lugar quadrado
vamos a outra parte?
Claro diz o engenho
sofisticado e dócil.
Vamos à Vênus
o homem põe o pé em Vênus,
Vê o visto, é isto?
Idem
Idem
Idem
O homem funde a cuca se não for à Júpiter
proclamar justiça com injustiça
repetir a fossa
repetir o inquieto
repetitório
Outros planetas restam para outras colônias.
o espaço todo vira Terra-a-terra.
o homem chega ao Sol ou dá uma volta
só para te ver?
Não vê que ele inventa
roupa insiderável de viver no Sol
põe o pé e:
Mas que chato é o Sol, falso touro espanhol domado.
Restam outros sistemas fora
do solar a colonizar.
ao acabarem todos
só resta ao homem
(estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem
de si mesmo a si mesmo:
por o pé no chão
do seu coração
experimentar
colonizar
civilizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de con-viver.


(Carlos Drummond de Andrade)



imagem: Internet

terça-feira, 16 de junho de 2009

SOLIDÃO



“Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo…
Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar… Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos…
Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente…
Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado…
Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto…
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma”.

Chico Buarque
Imagem: Internet

domingo, 7 de junho de 2009

A ARTE DE ARRUINAR A SUA PRÓPRIA VIDA - EDUCAR NO RESSENTIMENTO


Junho 6, 2009 por contadores.destorias

María Jesús Álava Reyes
A arte de arruinar a sua própria vida
Lisboa, A Esfera dos Livros, 2007
(excertos adaptados)

Educar no ressentimento

Seguramente pensaremos que ninguém, de uma forma consciente, trata de educar no ressentimento. Mas se assim fosse, não nos cruzaríamos com tantas pessoas ressentidas, cheias de raiva, quando não de rancor; pessoas incapazes de se sentirem bem, porque em vez de viverem a sua vida, estão obcecadas com a vida dos outros.

Muitos acreditarão que estamos a falar de pessoas mais velhas, que as crianças agora, felizmente, têm outro tipo de educação e não demonstram esse ressentimento. Mas… estamos certos de que é assim? Então por que razão há crianças, adolescentes, jovens… que parecem desfrutar da desgraça alheia, que nunca estão satisfeitos com o que têm? Os educadores sabem que muitos alunos desfrutam quando outros passam mal, mas não só quando os aparentemente triunfadores sofrem algum descalabro – este costuma ser o preço do sucesso –, desfrutam inclusivamente quando os «fracos», os menos afortunados, padecem o escárnio dos seus colegas ou as limitações das suas circunstâncias.

Educar no ressentimento é educar na intolerância, na falta de generosidade e na ausência de valores.

O nosso sistema social não é o melhor cenário para que as pessoas aprendam a sentir-se bem quando as circunstâncias não são favoráveis e a não se sentirem mal quando nos são prejudiciais enquanto outros são os beneficiados.

O excesso de pressão, de exigências, de pressa, de sobrecarga de estímulos que não sabemos ou não podemos assimilar leva-nos em certas ocasiões a condutas de «salve-se quem puder», provocando emoções negativas, onde o ressentimento encontra um excelente campo de cultivo para se propagar.

Recordemos que o contrário do ressentimento é a generosidade, é chegar a usufruir do nosso bem-estar; mas também do dos outros.

Aproveitemos e potenciemos esses sentimentos de generosidade e altruísmo que convivem igualmente nas crianças e nos jovens.

O bombardeamento de publicidade de que somos vítimas hoje em dia não é precisamente a melhor ajuda para este fim. Muitos parecem ressentidos por não poderem alcançar ou usufruir de tudo o que nos põem em frente dos olhos.

Até que não compreendamos que a nossa satisfação pessoal não depende do que tenhamos, mas sim de que cresçamos como pessoas, o ressentimento e a insatisfação serão desagradáveis acompanhantes.


ENDEREÇO: http://contadoresdestorias.wordpress.com/2009/06/06/

IMAGEM: Internet

sábado, 6 de junho de 2009

EROS E PSIQUE


Conta a lenda que dormia
uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada

Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino -
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,

E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.


Fernando Pessoa

endereço: http://textos_legais.sites.uol.com.br/eros_e_psique.htm
imagem: Internet



SELO VIOLETA






Recebi este selo da Adélia, do Blog: http://shekynah.blog.uol.com.br/,
a quem agradeço por esta lembrança tão carinhosa.


Este selo/prêmio representa as "sensações que a cor violeta traz para a nossa mente". É atribuído a blogues que nos lembram algumas das sensações da cor Violeta: magia, encantamento, graciosidade, magnetismo e tudo aquilo que parece mágico.


Então, repasso-o para :
- Um pouco de tudo;
- Um velho conhecido

DECISÃO PELA VIDA


No último fim de semana de maio de 1995, o ator Christopher Reeve, mais conhecido como o super homem, participava de uma competição hípica e sofreu uma queda.
Seu corpo, de 1.93m e 97 quilos, aterrizou de cabeça, quebrando as duas vértebras cervicais superiores.
Quando o médico lhe disse que deveria passar por uma delicada cirurgia e que talvez não sobrevivesse, ele pensou em morrer.
Não seria melhor? Afinal, pouparia a todos um monte de problemas.
A vida se tornou difícil. Quando a família e os amigos chegavam ele se sentia feliz. Mas quando todos iam embora e ele ficava ali, sozinho, deitado, olhando para as paredes, sentia-se muito triste.
Imóvel, conseguia adormecer e sonhar. Sonhar que estava de novo cavalgando, representando. Ao acordar, verificava que nada mais daquilo poderia fazer.
Sua esposa, com quem se casara há três anos, entrou um dia no quarto do hospital e lhe falou: "quero que você saiba que estarei com você até o fim, não importa o que aconteça. Você ainda é você e eu o amo."
Ele moveu os lábios, respondendo: "isso está muito além dos votos do casamento: na saúde e na doença."
Naquele dia ele decidiu que viveria. Dias depois, seu filho de três anos também lhe trouxe novas esperanças.
Ele brincava no chão quando de repente olhou para cima e disse: Mãe, o papai não mexe mais os braços. Sim, concordou, a mãe.
É verdade.
E o papai não pode mais correr, continuou a criança. A mãe tornou a concordar.
Então o garoto fez uma pausa, franziu o rosto como se estivesse se concentrando e disse alegre: mas papai ainda pode sorrir.
Isso fez com que o ator decidisse definitivamente não partir. Ele viveria. Aprenderia a respirar sem o auxílio da máquina. Viveria, mesmo que fosse para sempre em uma cadeira de rodas, sem se mover.
Ele tinha uma família. E esta família o amava. Recentemente, teve oportunidade de narrar para uma revista: "estou feliz por ter decidido viver. Os que estão próximos a mim também se sentem felizes.
Em novembro de 1995, no dia de ação de graças, fui para casa passar o dia com minha família pela primeira vez desde o acidente. Quando revi nossa casa, solucei, enquanto Dana, minha esposa, me abraçava.
No jantar, cada um de nós disse algumas palavras sobre o que estávamos agradecendo.
Quando chegou a vez do pequeno de três anos, ele disse simplesmente: papai.


***

A família é de grande importância para o homem.
O amor é o poder criador mais vigoroso de que se tem notícias no mundo.
Seu vigor é responsável pelas obras grandiosas da humanidade.
Num lar, onde reina o amor, todas as dificuldades podem ser superadas, porque este sentimento impulsiona o indivíduo para a frente e se faz refúgio para a vitória sobre todos os percalços.

Autor:Fonte Revista Seleções do Reader´s Digest abril/2000 - A decisão de Christopher Reeve; Joanna de Ângelis responde - perg. 175 e 176.



segunda-feira, 1 de junho de 2009

APRENDENDO A VIVER


Aprendi que se aprende errando
Que crescer não significa fazer aniversário.


Que o silêncio é a melhor resposta, quando se ouve uma bobagem.
Que trabalhar significa não só ganhar dinheiro.
Que amigos a gente conquista mostrando o que somos.
Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim.
Que a maldade se esconde atrás de uma bela face.
Que não se espera a felicidade chegar, mas se procura por ela
Que quando penso saber de tudo ainda não aprendi nada
Que a Natureza é a coisa mais bela na Vida.
Que amar significa se dar por inteiro
Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos.
Que se pode conversar com estrelas
Que se pode confessar com a Lua
Que se pode viajar além do infinito
Que ouvir uma palavra de carinho faz bem à saúde.
Que dar um carinho também faz...
Que sonhar é preciso
Que se deve ser criança a vida toda
Que nosso ser é livre
Que Deus não proíbe nada em nome do amor.
Que o julgamento alheio não é importante
Que o que realmente importa é a Paz interior.

"Não podemos viver apenas para nós mesmos.
Mil fibras nos conectam com outras pessoas;

e por essas fibras nossas ações vão como causas
e voltam pra nós como efeitos."

(Herman Melville)



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