quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O ZELADOR DA FONTE


Conta uma lenda austríaca que em determinado povoado havia um pacato habitante da floresta que foi contratado pelo conselho municipal para cuidar das piscinas que guarneciam a fonte de água da comunidade.

O cavalheiro com silenciosa regularidade, inspecionava as colinas, retirava folhas e galhos secos, limpava o limo que poderia contaminar o fluxo da corrente de água fresca.

Ninguém lhe observava as longas horas de caminhada ao redor das colinas, nem o esforço para a retirada de entulhos.

Aos poucos, o povoado começou a atrair turistas. Cisnes graciosos passaram a nadar pela água cristalina.

Rodas d`água de várias empresas da região começaram a girar dia e noite.

As plantações eram naturalmente irrigadas, a paisagem vista dos restaurantes era de uma beleza extraordinária.

Os anos foram passando. Certo dia, o conselho da cidade se reuniu, como fazia semestralmente.

Um dos membros do conselho resolveu inspecionar o orçamento e colocou os olhos no salário pago ao zelador da fonte.

De imediato, alertou aos demais e fez um longo discurso a respeito de como aquele velho estava sendo pago há anos, pela cidade.

E para quê? O que é que ele fazia, afinal? Era um estranho guarda da reserva florestal, sem utilidade alguma.

Seu discurso a todos convenceu. O conselho municipal dispensou o trabalho do zelador.

Nas semanas seguintes, nada de novo. Mas no outono, as árvores começaram a perder as folhas.

Pequenos galhos caíam nas piscinas formadas pelas nascentes.

Certa tarde, alguém notou uma coloração meio amarelada na fonte.

Dois dias depois, a água estava escura.

Mais uma semana e uma película de lodo cobria toda a superfície ao longo das margens.

O mau cheiro começou a ser exalado. Os cisnes emigraram para outras bandas. As rodas d'água começaram a girar lentamente, depois pararam.

Os turistas abandonaram o local. A enfermidade chegou ao povoado.

O conselho municipal tornou a se reunir, em sessão extraordinária e reconheceu o erro grosseiro cometido.

Imediatamente, tratou de novamente contratar o zelador da fonte.

Algumas semanas depois, as águas do autêntico rio da vida começaram a clarear. As rodas d`água voltaram a funcionar.

Voltaram os cisnes e a vida foi retomando seu curso.
* * *
Assim como o conselho municipal da pequena cidade, somos muitos de nós que não consideramos determinados servidores.

Aqueles que se desdobram todos os dias para que o pão chegue à nossa mesa, o mercado tenha as prateleiras abarrotadas.

Que os corredores do hospital e da escola se mantenham limpos.

Há quem limpe as ruas, recolha o lixo, dirija o ônibus, abra os portões da empresa.

Servidores anônimos. Quase sempre passamos por eles sem vê-los.

Mas, sem seu trabalho o nosso não poderia ser realizado ou a vida seria inviável.

O mundo é uma gigantesca empresa, onde cada um tem uma tarefa específica, mas indispensável.

Se alguém não executar o seu papel, o todo perecerá.

Dependemos uns dos outros.
Para viver, para trabalhar, para sermos felizes!

Pensemos nisso!

Equipe de Redação do Momento Espírita com base no cap. O zelador da fonte, de Charles R. Swindoll, do livro histórias para o coração, de Alice Gray, ed. United Press.



texto - internet
imagem - lunallena.spaceblog.com.br

12 comentários:

Vida*** disse...

Que béla mensagem!!Sem dúvida alguma estamos tdos interligados. Precisamos uns dos outros. Obrigado,sempre á tdos que de alguma forma Deus permite compartilhar aqui na terra como irmãos que somos.Paz e Luz sempre.

Jorge disse...

Concordo plenamente com você, Vida Amiga!!!

beijos

Jorge disse...

Evanir, obrigado pelo carinho!!!
Um excelente fim de semana pra vc também!!!
Beijo

Estrela disse...

É verdade Jorge. Todos nós temos nossa importância dentro da sociedade em que vivemos, mas nem todas as pessoas são reconhecidas, infelizmente.
Bjs!

ValériaC disse...

Que mensagem mais verdadeira meu querido...sempre digo, que o que quer que seja a função que cada um desempenha na vida, desde as mais intelectuais, até as mais aparentemente simples, absolutamente todas são importantes, valorosas, indispensáveis para que o todo flua adequadamente. Além disto, diante de Deus, todos somos especiais, em cada um dos nossos dons e talentos diante da vida.
Boa noite amigo...beijos
Valéria

MARIANGELA BARRETO disse...

Oi Jorge,

sábia mensagem..independente da função e do talento todos somos importantes nesta rede da vida.. um zelador é de suma importancia na simplicidade de sua função.. não dá para prescindir do seu talento!! e se a sociedade não atentar para isto, muito tem a perder e a prejudicar-se!!
excelente reflexão!

beijos no coração!
Mariangela

Jorge disse...

Estrela amiga
Todos somos importantes. Mesmo porque ninguém é melhor que ninguém, não é mesmo? Se não se é reconhecido pelos homens, temos a certeza que Deus reconhece.

Um beijo!

Jorge disse...

Valéria, meu Anjo

Cada um de nós está colocado no seu devido lugar, pois temos algo a aprender. se não, Deus seria injusto, não acha? Como o Pai é infinitamente justo, então, a nossa vida é justa.

Um beijo!

Jorge disse...

Mariangela,

no final, seremos os maiores prejudicados!

Um beijo, Coração!!

Unknown disse...

Oi querido Jorge, vc falou e disse, cada um na sua função, para que o todo funcione...É, isso é a sociedade...
Bom fim de semana.
Bjs

franciete disse...

Olá meu amigo que linda história só que realmente elas existem mesmo na vida real, quantas vezes passamos por pessoas que trabalham para manter o chão que nós pisamos limpo e nem sequer se olha para elas.
Obrigado pela lição eu a partir de agora irei sempre dar a salvação a todas essas pessoas se não for com a boca será de certo com o coração, beijinhos de luz e muita paz...

Unknown disse...

Jorge, anjo amigo!
Estou feliz por estar de volta e rever pessoas que já são parte tão importante de minha vida, há tantos anos e que continuam aqui, oferecendo carinho e amizade.
Para você, meu querido, beijos, flores e meus eternos sorrisos!

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