O grande impulso da ciência foi dado pela civilização ocidental, no último século do 2.° milênio d.C. A posição material muito contribuiu para estudos e análises dos fenômenos; realmente houve uma pesquisa reducionista, de perto observando a matéria. Entretanto, com o apuro científico, se foi observando que, além da matéria existia algo mais como que completando o fenômeno. Assim, projetou-se o dualismo (matéria e espírito) como elementos separados, correspondendo a seus próprios parâmetros.
Nos dias atuais o dualismo, bastante difundido no ocidente, não está satisfazendo os porquês que, aqui e ali, a ciência vai exigindo. Muitos fenômenos tem mostrado e como que revelando a impossibilidade de dissociação desses elementos (matéria e espírito) isto é, a necessidade da existência de um campo específico orientando e motivando a zona material, pertencentes à mesma fonte criadora. Assim vicejou a idéia monística, que já vem de longa data fazendo parte dos pensamentos orientais.
Devido as exigências do dualismo, com acendrada pesquisa reduclonlsta, existe um real cansaço no pensamento ocidental, que se acentua pela insistente idéia de que as leis e a fenomenologia mais avançada serão reveladas na exclusiva pesquisa material. Por isso, algumas correntes de pensamento entendem que há necessidade do ocidente lançar as suas sondas para o oriente monístico, a fim de colher idéias e modelos psicológicos intuitivos. Tais modelos já foram bem ventilados, na antiga Grécia, por Pitágoras, Sócrates, Platão e muitos outros, inclusive Heráclito, cujos trabalhos filosóficos foram propostos e sedimentados numa posição de unicidade, onde as forças opostas da vida estariam subordinadas ao equilíbrio do Logos; isto é, Heráclito percebeu a necessidade de existência de um elemento orientador de características psicológicas nos campos da vida.
O sentido dualista, no século XVII, tomou posição com Descartes que Ihe deu reinado no cenário da vida. Já era coisa boa, porquanto nesta época falava-se, acatava-se e defendia-se exclusivamente a posição espiritual com forte teor de misticismo. Entretanto, a ciência, com a visão mecanicista do universo, avançou com as elaborações de Isaac Newton, que praticamente dominou a ciência por todo século XIX e metade do século XX. De meados do século XX para cá houve um chamamento de unicidade, fazendo ressaltar no estofo científico a necessidade do pensamento monístico como uma das fontes promissoras do conhecimento.
A ciência, com suas novas exigências, está procurando seguir o caminho unicista, embora, aqui e ali, com seu racional sempre alerta, afasta-se um pouco do processo intuitivo. Esses dois modelos, o racional e o intuitivo, são úteis e necessários. Utilizar uma única trilha é bem difícil, pela exigência de adequação calcada na seleção de experiências. O modelo racional limita-se a um fato separado dos demais; no modelo intuitivo a visão é de conjunto. Neste último, o freio da consciência está quase sempre presente por não conseguir acompanhar o processo de largos horizontes, propiciando, muitas vezes, perda de contato.
Acreditamos no campo científico, na unificação do racional com o intuitivo como uma real exigência da evolução do pensamento, isto é, do psiquismo humano. O exagero de apreciação, tanto no modelo reducionista quanto o intuitivo, nos levam a extremos desconfortáveis. Foi o que aconteceu com muitos grupos humanos orientais que se hipertrofiaram em conduta mística sem os devidos suportes. Por sua vez, o ocidente se foi afogando no excesso de endeusamento das técnicas materiais.
Grande parte do oriente e ocidente estão desejosos de encontrarem o ponto de equilíbrio, buscando a unidade. A fim de que haja crescimento de nossa civilização, terá de haver unicidade em todas as proposições, onde o ideal como fonte criativa será a bandeira do entendimento.
A física moderna, com suas pesquisas, chegou à conclusão de muitos conceitos orientalistas pregressos, embora reveIados de modo simbólico. O que observamos, com nossos padrões científicos, nas coisas, não é o próprio território e sim pequenas partes de seu mapa, onde os conceitos serão compreensivelmente limitados e longe da realidade. Bem claro que os nossos métodos e modelos científicos são importantes para focalizarmos a pesquisa, embora não representem a trilha definitiva. Assim é que a criação do conceito espaço-tempo, na teoria da relatividade, foi a grande viga mestra científica dos tempos atuais na elucidação de muitos porquês. Certas escolas orientais não dão importância que os ocidentais possuem sobre as figuras geométricas representativas dos campos materiais; eles estão mais ligados nas razões do espaço-tempo refletindo verdadeiros e autênticos "estados particulares de consciência", donde ressaltam inusitadas percepções. As experiências meditativas do oriental, atingindo estados dimensionais diversos, de acordo com a evolução que cada qual possui, assemelha-se, até certo grau, às razões da física moderna (F. Capra).
Os campos dimensionais atômicos, mostrando-se às expensas das partículas que lhes definem a natureza, seriam sustentados por desconhecidos campos dimensionais, refletindo-se em variadas e infinitas modalidades de vida. Cada dimensão refletiria o seu próprio modo de vida, sustentado por campos mais avançados, em cadeia, cujos dinamismos seriam acolitados pela essência divina—a reflexão do Deus Imanente—, onde seu ponto de irradiação-impulsão estaria no Infinito—o Deus Transcendente.
A vida não representa posição estática como algo, um ponto ou uma coisa a ser avaliada; é um estado de contínua mutação dinâmica. Nada se encontra parado. As interações são imensas dando origem aos fenômenos que não são objetos ou pontos, mas um movimento contínuo que tentamos pará-lo para entendê-lo como alguma coisa.
A realidade última, que se perde fenomenicamente em manifestações diversas, é bem especificada no mundo oriental. Está representada pela palavra Brahman que é vida e dinamismo; está nos Upanishads, aquilo que se move e não tem forma. Os budistas referem-se a Dharmakaya (o corpo do ser) como sendo a qüididade; na China o Tao dos taoístas possui a mesma representação.
Dentro do mundo do átomo, onde vários modelos estão sempre em constantes mutações, a teoria da relatividade e dos quanta ainda representam conceitos valorosos e mesmo bases para muitas avaliações. Um modelo unicista tentando fornecer um pensamento de totalidade, como se fora um legítimo holismo, ainda está sendo muito questionado, apesar dos trabalhos realizados pelo grande físico Stephen Hawking. Uma coisa, entretanto, que vem da filosofia oriental a esbarrar na ciência dos nossos dias, como autêntico valor, é a inclusão da consciência humana como elemento essencial de adequação nas futuras teorias do mundo atômico; isto é, a influência do pensamento humano no mundo da matéria e das energias, de modo a participarem de um bloco de equilíbrio.
Visão de tal quilate só poderá ser abordada intuitivamente. A análise intelectual não possui lastros para esse entendimento por ter limites avaliativos. A física moderna ainda não conseguiu unificar a teoria quântica com a teoria geral da relatividade numa teoria quântica da gravidade, embora seja esse o caminho na opinião dos físicos teóricos de maior credibilidade.
A teoria quântica procura demonstrar o teor dinâmico, por excelência, das partículas atômicas traduzindo interconexões, onde estará presente e incluída a consciência humana do observador. O tecido cósmico é complexo e ainda pouco compreendido, embora o físico Geoffrey Chew, com seus modelos, esteja tentando uma posição que traduza o interrelacionamento dos eventos dinâmicos, onde uma parte qualquer seja o resultado do todo. Assim, não existem elementos fundamentais, sendo a estrutura da rede o intercâmbio coerente das inter-relações no campo ultramicroscópico do átomo. Logo, as partículas não representam elementos separados, mas ajustados padrões de energias em constante processamento dinâmico.
David Bohm criou a idéia de holomovimento, onde o todo pode ser encontrado numa das partes, embora sem detalhes; tudo isso, ligado a uma ordem que denominou de "ordem implícita", e que poderíamos denominá-la de "ordem espiritual" na intimidade dos fenômenos. Estes se organizam e se mostram diante a imposição do comando espiritual na estruturação dos elementos.
Muitos físicos e ainda poucos biologistas estão buscando e caminhando para o Espírito; aqueles por serem ambiciosos em seus vôos científicos, estes pela prudência e respeito às regras oficiais. A futura ciência estará intimamente relacionada ao Espírito, porquanto os fenômenos e fatos, sem exceção, estarão banhados e envolvidos em suas irradiações. O impulso espiritual funcionaria como estrutura organizadora; devido ser esta tão ajustada e seguindo caminhos bem adequados, mostrando ordem inteligente, propiciou a idéia dos físicos de considerarem o Universo como um "pensamento organizado". É como se existisse uma incontável cadeia PSI (degraus evolutivos), subordinada ao grande PSI Divino, caminhando sem cessar em busca do Infinito...
Nos dias atuais o dualismo, bastante difundido no ocidente, não está satisfazendo os porquês que, aqui e ali, a ciência vai exigindo. Muitos fenômenos tem mostrado e como que revelando a impossibilidade de dissociação desses elementos (matéria e espírito) isto é, a necessidade da existência de um campo específico orientando e motivando a zona material, pertencentes à mesma fonte criadora. Assim vicejou a idéia monística, que já vem de longa data fazendo parte dos pensamentos orientais.
Devido as exigências do dualismo, com acendrada pesquisa reduclonlsta, existe um real cansaço no pensamento ocidental, que se acentua pela insistente idéia de que as leis e a fenomenologia mais avançada serão reveladas na exclusiva pesquisa material. Por isso, algumas correntes de pensamento entendem que há necessidade do ocidente lançar as suas sondas para o oriente monístico, a fim de colher idéias e modelos psicológicos intuitivos. Tais modelos já foram bem ventilados, na antiga Grécia, por Pitágoras, Sócrates, Platão e muitos outros, inclusive Heráclito, cujos trabalhos filosóficos foram propostos e sedimentados numa posição de unicidade, onde as forças opostas da vida estariam subordinadas ao equilíbrio do Logos; isto é, Heráclito percebeu a necessidade de existência de um elemento orientador de características psicológicas nos campos da vida.
O sentido dualista, no século XVII, tomou posição com Descartes que Ihe deu reinado no cenário da vida. Já era coisa boa, porquanto nesta época falava-se, acatava-se e defendia-se exclusivamente a posição espiritual com forte teor de misticismo. Entretanto, a ciência, com a visão mecanicista do universo, avançou com as elaborações de Isaac Newton, que praticamente dominou a ciência por todo século XIX e metade do século XX. De meados do século XX para cá houve um chamamento de unicidade, fazendo ressaltar no estofo científico a necessidade do pensamento monístico como uma das fontes promissoras do conhecimento.
A ciência, com suas novas exigências, está procurando seguir o caminho unicista, embora, aqui e ali, com seu racional sempre alerta, afasta-se um pouco do processo intuitivo. Esses dois modelos, o racional e o intuitivo, são úteis e necessários. Utilizar uma única trilha é bem difícil, pela exigência de adequação calcada na seleção de experiências. O modelo racional limita-se a um fato separado dos demais; no modelo intuitivo a visão é de conjunto. Neste último, o freio da consciência está quase sempre presente por não conseguir acompanhar o processo de largos horizontes, propiciando, muitas vezes, perda de contato.
Acreditamos no campo científico, na unificação do racional com o intuitivo como uma real exigência da evolução do pensamento, isto é, do psiquismo humano. O exagero de apreciação, tanto no modelo reducionista quanto o intuitivo, nos levam a extremos desconfortáveis. Foi o que aconteceu com muitos grupos humanos orientais que se hipertrofiaram em conduta mística sem os devidos suportes. Por sua vez, o ocidente se foi afogando no excesso de endeusamento das técnicas materiais.
Grande parte do oriente e ocidente estão desejosos de encontrarem o ponto de equilíbrio, buscando a unidade. A fim de que haja crescimento de nossa civilização, terá de haver unicidade em todas as proposições, onde o ideal como fonte criativa será a bandeira do entendimento.
A física moderna, com suas pesquisas, chegou à conclusão de muitos conceitos orientalistas pregressos, embora reveIados de modo simbólico. O que observamos, com nossos padrões científicos, nas coisas, não é o próprio território e sim pequenas partes de seu mapa, onde os conceitos serão compreensivelmente limitados e longe da realidade. Bem claro que os nossos métodos e modelos científicos são importantes para focalizarmos a pesquisa, embora não representem a trilha definitiva. Assim é que a criação do conceito espaço-tempo, na teoria da relatividade, foi a grande viga mestra científica dos tempos atuais na elucidação de muitos porquês. Certas escolas orientais não dão importância que os ocidentais possuem sobre as figuras geométricas representativas dos campos materiais; eles estão mais ligados nas razões do espaço-tempo refletindo verdadeiros e autênticos "estados particulares de consciência", donde ressaltam inusitadas percepções. As experiências meditativas do oriental, atingindo estados dimensionais diversos, de acordo com a evolução que cada qual possui, assemelha-se, até certo grau, às razões da física moderna (F. Capra).
Os campos dimensionais atômicos, mostrando-se às expensas das partículas que lhes definem a natureza, seriam sustentados por desconhecidos campos dimensionais, refletindo-se em variadas e infinitas modalidades de vida. Cada dimensão refletiria o seu próprio modo de vida, sustentado por campos mais avançados, em cadeia, cujos dinamismos seriam acolitados pela essência divina—a reflexão do Deus Imanente—, onde seu ponto de irradiação-impulsão estaria no Infinito—o Deus Transcendente.
A vida não representa posição estática como algo, um ponto ou uma coisa a ser avaliada; é um estado de contínua mutação dinâmica. Nada se encontra parado. As interações são imensas dando origem aos fenômenos que não são objetos ou pontos, mas um movimento contínuo que tentamos pará-lo para entendê-lo como alguma coisa.
A realidade última, que se perde fenomenicamente em manifestações diversas, é bem especificada no mundo oriental. Está representada pela palavra Brahman que é vida e dinamismo; está nos Upanishads, aquilo que se move e não tem forma. Os budistas referem-se a Dharmakaya (o corpo do ser) como sendo a qüididade; na China o Tao dos taoístas possui a mesma representação.
Dentro do mundo do átomo, onde vários modelos estão sempre em constantes mutações, a teoria da relatividade e dos quanta ainda representam conceitos valorosos e mesmo bases para muitas avaliações. Um modelo unicista tentando fornecer um pensamento de totalidade, como se fora um legítimo holismo, ainda está sendo muito questionado, apesar dos trabalhos realizados pelo grande físico Stephen Hawking. Uma coisa, entretanto, que vem da filosofia oriental a esbarrar na ciência dos nossos dias, como autêntico valor, é a inclusão da consciência humana como elemento essencial de adequação nas futuras teorias do mundo atômico; isto é, a influência do pensamento humano no mundo da matéria e das energias, de modo a participarem de um bloco de equilíbrio.
Visão de tal quilate só poderá ser abordada intuitivamente. A análise intelectual não possui lastros para esse entendimento por ter limites avaliativos. A física moderna ainda não conseguiu unificar a teoria quântica com a teoria geral da relatividade numa teoria quântica da gravidade, embora seja esse o caminho na opinião dos físicos teóricos de maior credibilidade.
A teoria quântica procura demonstrar o teor dinâmico, por excelência, das partículas atômicas traduzindo interconexões, onde estará presente e incluída a consciência humana do observador. O tecido cósmico é complexo e ainda pouco compreendido, embora o físico Geoffrey Chew, com seus modelos, esteja tentando uma posição que traduza o interrelacionamento dos eventos dinâmicos, onde uma parte qualquer seja o resultado do todo. Assim, não existem elementos fundamentais, sendo a estrutura da rede o intercâmbio coerente das inter-relações no campo ultramicroscópico do átomo. Logo, as partículas não representam elementos separados, mas ajustados padrões de energias em constante processamento dinâmico.
David Bohm criou a idéia de holomovimento, onde o todo pode ser encontrado numa das partes, embora sem detalhes; tudo isso, ligado a uma ordem que denominou de "ordem implícita", e que poderíamos denominá-la de "ordem espiritual" na intimidade dos fenômenos. Estes se organizam e se mostram diante a imposição do comando espiritual na estruturação dos elementos.
Muitos físicos e ainda poucos biologistas estão buscando e caminhando para o Espírito; aqueles por serem ambiciosos em seus vôos científicos, estes pela prudência e respeito às regras oficiais. A futura ciência estará intimamente relacionada ao Espírito, porquanto os fenômenos e fatos, sem exceção, estarão banhados e envolvidos em suas irradiações. O impulso espiritual funcionaria como estrutura organizadora; devido ser esta tão ajustada e seguindo caminhos bem adequados, mostrando ordem inteligente, propiciou a idéia dos físicos de considerarem o Universo como um "pensamento organizado". É como se existisse uma incontável cadeia PSI (degraus evolutivos), subordinada ao grande PSI Divino, caminhando sem cessar em busca do Infinito...
Dr. Jorge Andréa
Fonte: Busca do Campo Espiritual pela Ciência – Jorge Andréa dos Santos.
3 comentários:
Este é um nível de evolução em andamento, auxiliado em grande parte pelos avanços da Física Quântica. Ótimo dominho, Jorge! Beijo.
Fallha técnica: Ótimo domingo!
Tem um físico brasileiro o Prof. Moacir Costa, que tem vários livros onde ele faz a correlação entre ciência e espiritualidade.
São bem acessíveis, eu tenho três livros dele, um deles é A Era do Espírito, excelente livro!
Beijos
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