Perguntaram, certa vez, a santo Ignácio de Loyola quais seriam os seus sentimentos se o papa viesse a suprimir a Companhia de Jesus. "Um quarto de hora de oração", respondeu ele "e não pensaria mais nisso".
Esta é a mais difícil de todas as mortificações - atingir uma "santa indiferença" pelo êxito ou fracasso da obra a que dedicamos nossas melhores energias.
Se ela triunfa, muito bem; se ela fracassa, muito bem também, ainda que para nossa mente limitada e ligada ao tempo seja inteiramente incompreensível.
"Por um homem sem paixões entendo um homem que não permite que nem o bem nem o mal lhe perturbe a sua paz interior, mas antes, se harmoniza com o que lhe acontece e não aumenta a sua soma de mortalidade". ( Tchuang-tse )
imagem: somostodosum.ig.com.br
Um comentário:
Jorge, para nós ocidentais, o desapego é uma tarefa difícil, mas não impossível. Quanto mais consciência tomamos da real essência da vida, mais despojados vamos nos tornando. Paralelamente a aceitação da impermanência, de tudo e de todos que nos rodeiam vai sendo assimilada gradativamente. Isto traz paz interna. Beijo.
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