sábado, 30 de junho de 2012

ABRIR OU FECHAR PORTAS?

Com certeza prefiro abri-las!
Abrir as portas da alma,
abrir as portas do sorriso,
abrir as portas do coração,
abrir as portas do amor,
abrir as portas da paixão,
abrir as portas do eu,
abrir passagem para que a vida flua!

Nunca gostei de fechar portas!
Fechando as portas da alma,
posso deixar Deus para fora!
Fechando as portas do sorriso,
posso perder um amigo!
Fechando as portas do coração,
posso me tornar inacessível!
Fechando as portas do amor,
posso não mais encontrar o caminho para
outro amor!
Fechando as portas para a paixão,
fecharei a luz que alimenta a vida!

Fechando as portas do eu,
corro o risco de me trancar do lado de fora!
Fechando as passagens,
a vida se encerra na amargura;
porque ao fechar tantas portas nós nos
fechamos também!
Por isso creio em portas abertas,
em sentimentos alados,
que voam como as andorinhas
para outras paragens quando o inverno
lhes é rigoroso!
Sempre em nossas vidas teremos a vontade
de virar a página de fechar a porta,
porém o que foi escrito
continuará escrito e mesmo de porta fechada
nós sabemos o que se esconde por trás dela!
Concordo que as portas
foram feitas para serem abertas
e fechadas ao nosso bel querer ou prazer,
porém as portas da vida não,
porque a partir do momento em que foram abertas
nunca mais serão as mesmas,
mesmo fechadas,
pois sentimentos não se apagam,
não se escondem, não se esquecem!
Daí eu crer em transpor os portais,
porém nunca fechar as portas,
virar a página,
mas sempre na certeza de que nunca as apagarei,
seja da memória, do peito ou da vida!

Renovar é preciso, mas sem perder o prumo,
o ponto de partida,
pois afinal cada fato de nossas vidas,
de bem ou de mal,
é um degrau que subimos em busca do aperfeiçoamento do
ser e da plena liberdade.

* Santaroza *


Texto - internet
imagem - rascunhosdemomentos.blogspot.com

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O RISO É PERIGOSO

 Clarice Lispector beliscava sua amiga Lygia Fagundes Telles quando entravam juntas num encontro literário:

– Não ri, vai! Séria, cara de viúva.

– Por quê? – perguntava Lygia.

– Para que valorizem o nosso trabalho.

Não há mesmo imagem de alguma risada da escritora Clarice Lispector. Em livros e revistas, a cena que persiste é seu olhar desafiador, emoldurado por um rosto anguloso, compenetrado e enigmático. Os lábios não se mexem, absolutamente contraídos, envelopes fechados para a posteridade.

Lispector não mostrava suas obturações, sua arcada para ninguém. Não se permitia gargalhadas para não parecer mulher superficial e leviana.

Ela percebeu que existe um imenso preconceito contra a alegria. Os críticos não a levariam a sério, dizendo que ela não era densa, não inspirava profundidade; acabariam por sobrepor a aparência faceira aos questionamentos metafísicos de sua obra.

Seu medo não era bobo. O riso permanece perigoso. Todos temem os contentes. Falam mal dos contentes.

O riso gera inveja, ciúme, intriga: “Por que está feliz, e eu não?”.

A alegria é malvista em casa e no trabalho, sempre intrusa, sempre suspeita equivocada de uma ironia ou de um sentimento de superioridade.

Ainda acreditamos que profissionalismo é feição fechada, casmurra. Ainda deduzimos que competência é baixar a cabeça e não entregar nossas emoções.

Quanto mais triste, mais confiável. Quanto mais calado, mais concentrado. O que é um tremendo engano.

A criatividade chama a brincadeira, assim como a risada renova a disposição.

Se um funcionário ri no ambiente profissional, o chefe deduz que ele está vadiando, sem nada para fazer. Poderá receber reprimenda pública e o dobro de tarefas. Quem diz que ele não está somente satisfeito com os resultados?

Se sua companhia ri durante a transa, você conclui que está debochando do seu desempenho. Quem diz que não é o contrário, que ela não festeja o próprio prazer?

Se a criança ri no meio da aula, o professor compreende como provocação e pede para que cale a boca. Quem diz que ela não está comemorando algum aprendizado tardio?

Se o filho ri quando os pais descrevem dificuldades profissionais, a atitude é reduzida a um grave desrespeito. Quem diz que ele não achou graça do tom repetitivo das histórias?

Se a esposa ou marido ri e suspira à toa, já tememos infidelidade.

O riso é escravo dos costumes, sinônimo de futilidade e distração quando deveria ser visto como sinal de maturidade e envolvimento afetivo.

Não reagimos bem à felicidade do outro simplesmente porque ela ameaça nossa tristeza.



AUTORIA:  FABRÍCIO CARPINEJAR


texto - internet
imagem - correianeles.com

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Mudanças

Tudo muda.
Enquanto certas mudanças acontecem por obra do tempo ou da natureza, em você as principais delas se operam por imperativo dos pensamentos, sentimentos e atitudes..
Essas estão em seu poder.
Aproveite este dia e tome a decisão de crescer como pessoa, apreciar as transformações e estabelecer decidida vontade de ser, de agora em diante, melhor
do que tem sido.
Não fique parado.
Resolva logo.
Disponha-se a progredir, a encontrar a
felicidade e a conhecer mais a si mesmo.
O universo está sempre em expansão, e você é parte dele.


Lourival Lopes

texto - internet
imagem - recantoespiritual-beki.net

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