“Quantas pessoas do nosso convívio conseguem nos tirar do
sério? Quantas pessoas que conhecemos, conseguem
nos fazer perder a paciência? Frequentemente, usamos dessas
expressões para justificar nossa descompostura ou
desequilíbrio, ao culpar fulano ou beltrano.
Agora, nos resta perguntar por que alguém consegue fazer-nos perder a
paciência, ou por que alguém é capaz de provocar uma mudança em nossa atitude?
E esses nossos descontroles cotidianos acontecem em qualquer
ambiente. Algumas vezes na família, outras tantas no trabalho. Ou, ainda, nas
corriqueiras relações sociais. E sempre estamos a justificar que a
culpa é de
alguém. Sempre estamos prontos a explicar que se não fosse essa ou aquela
pessoa agir desta ou daquela forma, nada disso aconteceria.
Colocamos a culpa do descontrole em alguém, em algo e, ao nos
tornarmos vítimas da situação, nada nos resta a fazer, pois afinal, o problema
está nos outros e não em nós. Mas, será que somos apenas reféns
das situações, e
realmente nada podemos fazer a não ser reagir a elas?
Lembremo-nos da última contenda, da última discussão na qual nos
envolvemos. Nada poderíamos ter feito para evitá-la? Nada estava ao nosso
alcance para que a situação fosse minimizada? Recordemo-nos do nosso
último
desentendimento familiar. Será que a maneira como agimos e nos comportamos
realmente era a única possível?
Ao fazermos essa breve análise, claro fica que poderíamos ter tido
outras atitudes. Poderíamos nos
calar em algum momento, ao invés de soltar a palavra ácida e
corrosiva. Poderíamos buscar o entendimento
ao invés da provocação. Poderíamos suavizar o tom de voz ao invés dos arroubos
no falar.
Porém, se optamos por agir de outras maneiras, não foi culpa de
ninguém, nem de situação nenhuma. Foi apenas uma opção pessoal. Poderíamos
ter pensado antes de falar, refletido antes de agir, mas preferimos a
reação à ação. Enquanto a reação é irrefletida e calca-se nos
instintos, a ação é uma atitude pensada e amadurecida
na reflexão.
Desta forma, ao dizer que perdemos a paciência, ao constatar que
saímos do sério, somos responsáveis por essas atitudes. E, apenas vítimas de
nós mesmos.
Jamais poderemos justificar que alguém nos faz perder a paciência. Ao
contrário, somos nós que não temos a paciência suficiente para a situação
que se apresenta.
Ou, ainda, de maneira nenhuma poderemos acreditar que algo ou alguém nos faz
sair do sério, nos faz perder a compostura.
A atitude tomada é sempre uma opção de cada um que, perante tal ou
qual situação, não consegue ou não quer comportar-se de maneira mais digna ou
melhor. Assim, não
mais nos permitamos ser vítima de nossas próprias atitudes ou reações.
Reflitamos
antes do agir, pensemos mais detidamente antes de falar e, acima de tudo,
compreendamos que todas as nossas relações sociais, por mais difíceis que nos
pareçam, são lições abençoadas no aprendizado do amor ao próximo.”
Redação do
"Momento Espírita"
imagem - www.velhosabio com.br
Um comentário:
Carrascos e vítimas de si mesmos... e ainda batem palmas. Abração e parabéns pela mensagem.
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