
Desconheço o autor
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O jovem se queixava com o professor. Sentia-se desolado.
Não via pessoa alguma no padrão que desejava. Aqui, uma pessoa generosa mostrava a praga do orgulho; ali, era alguém revelando cultura com manifesta crueldade de sentimentos.
De que modo conciliar os imperativos da lei de amor, se todas as criaturas, na Terra, patenteiam deficiências e falhas? Perguntava o rapaz aturdido.
O orientador escutou pacientemente as lamentações do aprendiz e, depois de longa pausa, considerou:
- Sim, meu filho. Em verdade, aqueles que apenas encontram defeitos nos outros é que ainda não querem ou não podem amar ninguém...
pelo Espírito André Luiz - Do livro: Endereços da Paz, Médium: Francisco Cândido Xavier
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Um garoto pobre, com cerca de doze anos de idade, vestido e calçado de forma humilde, entra na loja, escolhe um sabonete comum e pede ao proprietário que embrulhe para presente.
"É para minha mãe", diz com orgulho.
O dono da loja ficou comovido diante da singeleza daquele presente. Olhou com piedade para o seu freguês e, sentindo uma grande compaixão, teve vontade de ajudá-lo.
Pensou que poderia embrulhar, junto com o sabonete comum, algum artigo mais significativo. Entretanto, ficou indeciso: ora olhava para o garoto, ora para os artigos que tinha em sua loja.
Devia ou não fazer? O coração dizia sim, a mente dizia não.
O garoto, notando a indecisão do homem, pensou que ele estivesse duvidando de sua capacidade de pagar.
Colocou a mão no bolso, retirou as moedinhas que dispunha e as colocou sobre o balcão.
O homem ficou ainda mais comovido quando viu as moedas, de valor tão
insignificante. Continuava seu conflito mental. Em sua intimidade concluíra que, se o garoto pudesse, ele compraria algo bem melhor para sua mãe.
Lembrou de sua própria mãe. Fora pobre e muitas vezes, em sua infância e adolescência, também desejara presentear sua mãe. Quando conseguiu emprego, ela já havia partido para o mundo espiritual. O garoto, com aquele gesto, estava mexendo nas profundezas dos seus sentimentos.
Do outro lado do balcão, o menino começou a ficar ansioso. Alguma coisa parecia estar errada. Por que o homem não embrulhava logo o sabonete?
Ele já escolhera, pedira para embrulhar e até tinha mostrado as moedas para o pagamento. Por que a demora? Qual o problema?
No campo da emoção, dois sentimentos se entreolhavam: a compaixão do lado do homem, a desconfiança por parte do garoto.
Impaciente, ele perguntou: "moço, está faltando alguma coisa?"
"Não", respondeu o proprietário da loja. "é que de repente me lembrei de
minha mãe. Ela morreu quando eu ainda era muito jovem. Sempre quis dar um presente para ela, mas, desempregado, nunca consegui comprar nada."
Na espontaneidade de seus doze anos, perguntou o menino: "nem um sabonete?"
O homem se calou. Refletiu um pouco e desistiu da idéia de melhorar o
presente do garoto. Embrulhou o sabonete com o melhor papel que tinha na loja, colocou uma fita e despachou o freguês sem responder mais nada.
A sós, pôs-se a pensar. Como é que nunca pensara em dar algo pequeno e
simples para sua mãe? Sempre entendera que presente tinha que ser alguma coisa significativa, tanto assim que, minutos antes, sentira piedade da singela compra e pensara em melhorar o presente adquirido.
Comovido, entendeu que naquele dia tinha recebido uma grande lição. Junto com o sabonete do menino, seguia algo muito mais importante e grandioso, o melhor de todos os presentes: o gesto de amor!
***
Invista no amor. Ele é o mais poderoso meio de tornar as pessoas felizes.
Em qualquer circunstância, em qualquer data especial para determinadas
comemorações, o mais importante não é o que se dá, mas como se dá.
Todo presente deve se revestir de sentimento e não deve haver diferenças
entre homenagens a uma pessoa pobre ou a uma pessoa rica.
A expressão deve ser sempre do afeto. O que se deve dar é o coração a vibrar em amor.
O valor do presente não está no quanto ele vai aumentar o conteúdo das
caixas registradoras, mas sim o quanto ele somará na contabilidade do coração.
Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir do cap. 20 do livro Novas histórias que ninguém contou, novos conselhos que ninguém deu, de autoria de Melcíades José de Brito, DPL editora.
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Conta-se que num país longínquo, há muitos séculos, um rei se sentiu intrigado com algumas questões. Desejando ter respostas para elas, resolveu estabelecer um concurso do qual todas as pessoas do reino poderiam participar.
O prêmio seria uma enorme quantia em ouro, pedras preciosas, além de títulos de nobreza.
Seria premiado com tudo isto quem conseguisse responder a três questões: qual é o lugar mais importante do mundo? Qual é a tarefa mais importante do mundo? Quem é o homem mais importante do mundo?
Sábios e ignorantes, ricos e pobres, crianças, jovens e adultos se apresentaram, tentando responder as três perguntas.
Para desconsolo do rei, nenhum deles deu uma resposta que o satisfizesse.
Em todo o território um único homem não se apresentou para tentar responder os questionamentos. Era alguém considerado sábio, mas a quem não importavam as fortunas nem as honrarias da terra.
O rei convocou esse homem para vir à sua presença e tentar responder suas indagações. E o velho sábio respondeu a todas:
- O lugar mais importante do mundo é aquele onde você está. O lugar onde você mora, vive, cresce, trabalha e atua é o mais importante do mundo. É ali que você deve ser útil, prestativo e amigo, porque este é o seu lugar.
- A tarefa mais importante do mundo não é aquela que você desejaria executar, mas aquela que você deve fazer.
- Por isso, pode ser que o seu trabalho não seja o mais agradável e bem remunerado do mundo, mas é aquele que lhe permite o próprio sustento e da sua família. É aquele que lhe permite desenvolver as potencialidades que existem dentro de você. É aquele que lhe permite exercitar a paciência, a compreensão, a fraternidade.
- Se você não tem o que ama, importante que ame o que tem. A mínima tarefa é importante. Se você falhar, se se omitir, ninguém a executará em seu lugar, exatamente da forma e da maneira que você o faria.
E, finalmente, o homem mais importante do mundo é aquele que precisa de você, porque é ele que lhe possibilita a mais bela das virtudes: a caridade.
- A caridade é uma escada de luz. E o auxílio fraternal é oportunidade iluminativa. É a mais alta conquista que o homem poderá desejar.
O rei, ouvindo as respostas tão ponderadas e bem fundamentadas, aplaudiu, agradecido.
Para sua própria felicidade, descobrira um sentido para a sua vida, uma razão de ser para os seus últimos anos sobre a Terra.
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Muitas vezes pensamos em como seria bom se tivéssemos nascido em um país com menos inflação, com menos miséria, sem taxas tão altas de desemprego, gozando de melhores oportunidades.
Outras vezes nos queixamos do trabalho que executamos todos os dias, das tarefas que temos, por acha-las muito ínfimas, sem importância.
Desejamos que determinadas pessoas, importantes, de evidência social ou financeira pudessem estar ao nosso lado para nos abrir caminhos.
Contudo, tenhamos certeza: estamos no lugar certo, na época correta, com as melhores oportunidades, com as pessoas que necessitamos para nosso crescimento interior.
Desconheço o autor
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Redação do Momento Espírita com base no artigo Mau humor? Nem pensar, publicado no Boletim SEI nº 1678, de 27.05.2000 e no cap. Mau humor do livro Calma, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Geem
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