domingo, 31 de janeiro de 2010

CORPO E MENTE


"Somos a únicas criaturas na face da terra capazes de mudar a nossa biologia pelo que pensamos e sentimos!
Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificados por eles. Um surto de depressão pode arrasar seu sistema imunológico; apaixonar-se, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente.
A alegria e a realização nos mantêm saudáveis e prolongam a vida.
A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio de pensamento,
libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse.
Suas células estão constantemente processando as experiências e metabolizando-as de acordo com seus pontos de vista pessoais.
Não se pode simplesmente captar dados brutos e carimbá-los com um julgamento.
Você se transforma na interpretação quando a internaliza.
Quem está deprimido por causa da perda de um emprego,
projeta tristeza por toda parte no corpo.
A produção de neurotransmissores por parte do cérebro reduz-se,
o nível de hormônios baixa, o ciclo de sono é interrompido, receptores neuropeptídicos na superfície externa das células da pele tornam-se distorcidos, as plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos e até suas lágrimas contêm traços químicos diferentes das lágrimas de alegria.
Todo este perfil bioquímico será drasticamente alterado
quando a pessoa encontra uma nova posição.
Isto reforça a grande necessidade de usar nossa consciência para criar os corpos que realmente desejamos.
A ansiedade por causa de um exame acaba passando,
assim como a depressão por causa de um emprego perdido.
O processo de envelhecimento, contudo, tem que ser combatido a cada dia.
Shakespeare não estava sendo metafórico quando Próspero disse:
"Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos".
Você quer saber como está seu corpo hoje? Lembre-se de seus pensamentos de ontem.
Quer saber como estará seu corpo amanhã? Olhe seus pensamentos de hoje!
"Ou você abre seu coração ou algum cardiologista o fará por você!"

Trecho de Deepak Chopra
(extraído do livro CORPO SEM IDADE...MENTE SEM FRONTEIRAS)
imagem: internet


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

FAÇA ACONTECER



Quase não existe diferença visível entre o atleta vencedor e o que chega por último.

Ambos possuem o mesmo número de músculos para trabalhar.

Ambos jogam com as mesmas regras e usam equipamentos semelhantes.

Porém, o vencedor é o que tem a determinação de vencer.
O vencedor é aquele que faz o que é preciso, treina dia após dia, esforça-se um pouco mais a cada
treino, é capaz de visualizar sua passagem pela linha final à frente do resto.

Tanto o vendedor melhor pago quanto aquele que raramente realiza uma venda possuem
os mesmos talentos e recursos.
A diferença está no que eles fazem com o que têm.

Tanto o escritor que mais vende quanto o que nunca publicou nada possuem o mesmo dicionário
cheio de palavras para trabalhar.

A diferença está no que eles fazem com o que têm.

Você já possui a matéria-prima para o sucesso e a realização.

Você possui o necessário para atingir a grandiosidade em tudo que você quiser.
Você tem dentro de si o potencial para conquistas extraordinárias.

Ninguém é mais nem menos equipado para o sucesso do que você.

Mas é você quem deve fazê-lo acontecer, e é quem tem que assumir o compromisso e
fazer o que for necessário para atingir a grandiosidade de que é capaz.

Você tem o que é preciso.

Faça acontecer

Desconheço o autor


endereço e imagem: internet


quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

PARALELAS



Letícia Thompson

As coisas que possuímos se apegam a nós e nós a elas.
Os objetos contam histórias, nos fazem lembrar, até sentir de novo, mesmo se de forma mais suave, as mesmas sensações.

Na viagem da vida, as coisas que adquirimos depois que o coração desejou tanto e que nos deixaram orgulhosos da conquista, colam-se a nós como se às vezes não pudéssemos viver dissociados. Nosso apego à matéria nos dá a sensação de que existimos, pois são provas materiais, tangíveis de que a nossa vida foi rica em acontecimentos.

É muito bom ter uma história passada, porém a história continua... e muitas vezes para que possamos avançar nela,
temos que achar espaço para as novas coisas.
Se não aprendemos a nos desprender das antigas, formaremos em nós entulhos que causarão desordem na nossa vida.

Não podemos querer avançar e guardar sempre um pé atrás.

Podemos possuir o mundo inteiro, mas quando nossa última hora chega, tudo fica. O que precisamos aprender é saber reconhecer o que é importante, o que realmente nos enriquece, o que ficará mesmo depois da nossa partida.

Ser feliz, fazer outros felizes, estar contente de si, ter amigos, um amor de verdade, valem mais que todo o ouro do mundo junto.
E são essas riquezas que devem se impregnar em nós, são esses tesouros que devemos buscar.

Às vezes Deus nos dá a oportunidade de recomeçar um caminho e nós o perdemos porque não soubemos abrir mão
do nosso passado.
Mãos que recebem estão sempre abertas, numa atitude paralela de oferta e acolhimento. As coisas passadas tiveram seu momento e ficarão guardadas em nós, mas é para frente que se anda.

O valor do que somos é muito maior que o do que possuímos.
Lamentar coisas perdidas não acrescenta um mínimo à nossa vida, mas a esperança de dias melhores, que damos e que nos damos, é um tesouro de valor eterno e inestimável.


endereço e imagem: internet


domingo, 17 de janeiro de 2010

A CAMBALHOTA DO MACACO


Numa montanha a Oriente, lá muito em cima, onde já nenhum pássaro quer fazer o ninho, havia um ovo de pedra. O vento soprava-lhe e o sol batia-lhe, ninguém sabia há quanto tempo. Um dia, a montanha moveu-se, moveram-se as pedras até ao cume mais alto, o ovo rachou e abriu-se. Saltou um macaco. O corpo era de pedra brilhante, onde a luz do sol se reflectia.

O macaco desceu a montanha. Os outros macacos, de pêlo vulgar, onde nem um único raio de sol se reflectia, vieram ao seu encontro. Inclinavam-se perante o macaco de pedra e saudavam-no como seu chefe.

Quando se tornou chefe, o macaco saltou por todas as terras e países do mundo e mergulhou em todos os mares. As montanhas abriam-se perante ele e mostravam-lhe todos os seus tesouros. As flores abriam os seus cálices. O macaco juntou todo o saber e conheceu todos os segredos. Quando se tornou mais sábio do que qualquer outro ser à face da terra, treinou ainda a arte das cambalhotas. Treinou incansavelmente e, por fim, conseguiu, com uma só cambalhota, medir o ar, a terra e a água. Então, o macaco de pedra exclamou, orgulhoso:

— Nenhuma criatura da terra pode comparar-se a mim. Eu sou superior a todas elas. Agora quero ser o senhor dos céus.

Inspirou fundo e saltou. Deu uma cambalhota e aterrou no céu. Aterrou exactamente aos pés do Pai Buda. Buda – assim chamam os homens e os animais do Oriente ao criador do céu e da terra.

— Meu macaco — falou o Pai Buda — o que queres daqui?

O macaco respondeu:

— Quero tornar-me senhor do céu, já que sei mais do que todos os outros seres da terra. Até sei mais do que tu, Pai Buda. Ou será que consegues dar uma cambalhota e nesse mesmo instante aterrar do outro lado da terra? Aposto como não consegues.

O Pai Buda riu-se.

— Bem, meu macaco, vamos então fazer uma aposta. Se conseguires saltar para fora da minha mão, cedo-te o meu lugar no céu. Mas, se não conseguires, tens de te contentar com o lugar que te dei na terra.

O macaco de pedra riu-se para dentro, pois a aposta parecia-lhe fácil. Buda estendeu a mão e o macaco saltou para cima dela.

— Upa! — Deu uma cambalhota e voou, voou.

Voou sobre as alturas, larguras e profundidades da terra, até chegar ao fim do mundo. Aí, no silêncio infinito, havia cinco colunas. Para mostrar que tinha saltado até àquele lugar, o macaco de pedra mordeu uma das colunas com os seus dentes fortes. Depois, voltou a lançar-se pelo espaço até ao céu, e sentou-se na mão de Buda.

— Aqui estou eu — arfou o macaco exausto. Mas Buda perguntou:

— Então, quando é que saltas finalmente para fora da minha mão?

— Como? — gritou o macaco. — Então não fui até ao fim do mundo? Não deixei a minha marca numa das colunas?

Respondeu Buda:

— Meu macaco, acabaste agora mesmo de morder o meu dedo. É este o teu sinal? Fica a saber que, durante o teu salto, a minha mão esteve todo o tempo debaixo de ti.

O macaco reconheceu a sua marca. Ficara agora a saber que era impossível saltar para fora da mão de Buda, pois o mundo está nas suas mãos, e ele nunca deixa cair os seus filhos. O macaco de pedra começou a sentir-se atordoado.

— Para onde quer que salte, estarei sempre nas tuas mãos — disse.

Buda deixou o macaco escorregar docemente para a montanha, para o local de onde saíra do ovo.
Desde então, o macaco passou a viver modestamente no seu lugar.

Lene Mayer-Skumanz (org.)
Jakob und Katharina
Wien, Herder Verlag, 1986
Tradução e adaptação


endereço: http://contadoresdestorias.wordpress.com/2008/01/25/a-cambalhota-do-macaco/

imagem; internet


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A PARTE MAIS IMPORTANTE DO CORPO


Quando eu era muito jovem, minha mãe me perguntou qual era a parte mais importante do corpo.
Eu achava que o som era muito importante para nós, seres humanos, então eu disse:
- Minhas orelhas, mãe.
- Não, disse ela. Muitas pessoas são surdas...
Mas continue pensando sobre este assunto.
Em outra oportunidade eu volto a lhe perguntar.
Algum tempo se passou até que minha mãe perguntou outra vez.
Eu havia pensado bastante e imaginava ter encontrado a resposta correta.
Assim, desta vez eu lhe disse:
- Mãe, a visão é muito importante para todos, então devem ser nossos olhos.
Ela me olhou e disse:
- Você está aprendendo rápido, mas a resposta ainda não está correta, porque há muitas pessoas que são cegas...
Eu havia errado outra vez!
Continuei minha busca por conhecimento ao longo do tempo.
Minha mãe voltou ao assunto várias vezes, mas a cada resposta minha, ela retrucava:
- Não... Mas você está ficando mais esperta a cada ano.
Então, um dia, meu avô morreu.
Todos estavam tristes. Todos choravam.
Até mesmo meu pai, que eu nunca havia visto chorar.
Minha mãe olhou para mim quando fui dar o meu adeus ao vovô, e me perguntou:
- Você já sabe qual a parte do corpo mais importante?
Fiquei um tanto chocada por ela me fazer a pergunta justamente naquele momento.
Sempre achei que era apenas um jogo entre nos duas.
- Hoje é o dia em que você necessita aprender esta importante lição, disse ela.
Ela me olhou de um jeito que só uma mãe pode fazer e falou:
- Minha querida, a parte do corpo mais importante são seus ombros.
Intrigada, perguntei: - Porque eles sustentam minha cabeça?
- Não, respondeu ela, é porque podem apoiar a cabeça de um amigo ou de alguém amado quando eles choram.
Todos precisam de um ombro para chorar em algum momento de sua vida.
Naquela ocasião eu descobri qual a parte do corpo mais importante.
Descobri, também, a importância de ser "simpático" à dor dos outros.
Porque, naquela hora, quem precisou de um ombro fui eu.
- Espero que você tenha bastante amor e amigos, e que seus ombros estejam sempre à disposição quando alguém precisar - disse minha mãe.
Sempre que recordo este fato, lembro da seguinte citação:
"As pessoas esquecerão do que você disse... esquecerão do que você fez... mas as pessoas nunca esquecerão do que você as fez sentir."
"Os bons amigos são como estrelas... você nem sempre as vê, mas sabe que sempre estão lá."


endereço: http://www.mensagensgratis.com.br/reflexao.php imagem: olhaoscarasai.blogspot.com



quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

BEM-VINDO À HOLANDA


Emily Perl Kinsley

Freqüentemente sou solicitada a descrever a experiência de criar um filho portador de deficiência, para tentar ajudar as pessoas que nunca compartilharam dessa experiência única a entender, a imaginar como deve ser. É mais ou menos assim...

Quando você vai ter um bebê, é como planejar uma fabulosa viagem de férias - para a Itália. Você compra uma penca de guias de viagem e faz planos maravilhosos. O Coliseu. Davi, de Michelangelo. As gôndolas de Veneza. Você pode aprender algumas frases convenientes em italiano. É tudo muito empolgante.

Após meses de ansiosa expectativa, finalmente chega o dia. Você arruma suas malas e vai embora. Várias horas depois, o avião aterrissa. A comissária de bordo chega e diz: "Bem-vindos à Holanda".

"Holanda?!? Você diz, "Como assim, Holanda? Eu escolhi a Itália. Toda a minha vida eu tenho sonhado em ir para a Itália."

Mas houve uma mudança no plano de vôo. Eles aterrissaram na Holanda e é lá que você deve ficar.

O mais importante é que eles não te levaram para um lugar horrível, repulsivo, imundo, cheio de pestilências, inanição e doenças. É apenas um lugar diferente.

Então você deve sair e comprar novos guias de viagem. E você deve aprender todo um novo idioma. E você vai conhecer todo um novo grupo de pessoas que você nunca teria conhecido.

É apenas um lugar diferente. Tem um ritmo mais lento do que a Itália, é menos vistoso que a itália. Mas depois de você estar lá por um tempo e respirar fundo, você olha ao redor e começa a perceber que a Holanda tem moinhos de vento, a Holanda tem tulipas, a Holanda tem até Rembrandts.

Mas todo mundo que você conhece está ocupado indo e voltando da Itália, e todos se gabam de quão maravilhosos foram os momentos que eles tiveram lá. E toda sua vida você vai dizer "Sim, era para onde eu deveria ter ido. É o que eu tinha planejado."

E a dor que isso causa não irá embora nunca, jamais, porque a perda desse sonho é uma perda extremamente significativa.

No entanto, se você passar sua vida de luto pelo fato de não ter chegado à Itália, você nunca estará livre para aproveitar as coisas muito especiais e absolutamente fascinantes da Holanda.


endereço: http://www.autordesconhecido.blogger.com.br/
imagem: assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br


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Novo selo: Este blog é uma maravilha!


Recebi este selo especial da minha doce amiga KELLY do blog http://simplesmentevivendoavida.blogspot.com/
A Kelly é uma guerreira do amor , que deixa no caminho que trilha um rastro de luz. É o seu coração que brilha a cada passo. Minha amiga, sou muito grato por este selo!



Devo oferecer o selo a cinco amigos e justificar o oferecimento do selo.
Gostaria de poder oferecer há vários blogs, pois conheço amigos maravilhosos aqui. Mas como são apenas 5 ai vão os nomes:
Jeanne - Uma mulher extraordinária. Nos dois blogs dela, só tenho aprendido principalmente pela vivência rica dela. Me incentiva muito a caminhar rumo a luz. Anjo Luz!

Felipe - Meu amigo há 30 anos, tem um blog repleto de mensagens, músicas, contos sempre com sua vibração iluminada. Também um amigo sempre presente em minha vida. Anjo Amigo!

Márcia - Mulher de doce coração, grande luz, tem um blog onde me sinto em casa. Além da serenidade que me passa, seus posts são reflexivos mas principalmente me faz sentir. Anjo Vida!

Julimar - Também guerreira da luz, trabalhadora incansável pelo bem de todos, amor em pessoa, me faz reconhecer que Deus é tão bom, infinitamente bom, que permite ler, compreender e seguir a vida com alegria e confiança. Um blog de muita energia positiva. Anjo Amor!

Norma - Estou entre grandes mulheres. Ela vibra força, carisma, simplicidade, alegria. Seus dois blogs são fontes de conhecimento e reflexão. Como se percebe, gosto de assuntos que faz refletir, e aqueles que simplesmente toca o coração. Ela é assim. Um anjo que compartilha sua presença conosco. Anjo Tesouro!

Beijos a todos amigos que por aqui passam e um ótimo todos os dias!!


domingo, 10 de janeiro de 2010

O AZULEJO BUMERANGUE


Jorge Bucay
Deixa-me que te conte. Os contos que me ensinaram a viver.
Cascais, Editora Pergaminho

Damião é um rapaz curioso e inquieto, que deseja saber mais acerca de si mesmo. Esta busca leva-o a conhecer Jorge, “o gordo”, um psicanalista muito invulgar que o ajuda a enfrentar a vida e a encontrar as respostas que procura através de um método muito pessoal: em cada sessão, conta-lhe um conto. São contos clássicos, modernos ou populares, reinventados pelo psicanalista para ajudar o seu jovem amigo a esclarecer as suas dúvidas. Trata-se de histórias que nos podem ajudar a todos a compreender-nos melhor a nós próprios, a ponderar as nossas relações e a ver os nossos temores com outros olhos.

(Excerto)

O azulejo bumerangue

Naquele dia, eu estava muito irritado. Estava de mau humor e tudo me incomodava. A minha atitude no consultório foi lamurienta e pouco produtiva. Detestava tudo o que fazia e tudo o que tinha. Mas, acima de tudo, estava aborrecido comigo mesmo, como num conto de Papini que o Jorge me leu, naquele dia eu sentia que não conseguia suportar «ser eu mesmo».

— Sou um estúpido — disse-lhe (ou disse para mim próprio). — Um imbecil… Acho que me detesto.

— És detestado por metade da população deste consultório. A outra metade vai contar-te uma história.

Era uma vez um homem que andava sempre com um azulejo na mão. Tinha decidido que, quando alguém o irritasse a ponto de ficar cheio de raiva, lhe daria com o azulejo na cabeça. O método era um bocado troglodita, mas parecia eficaz, não achas?

Acontece que se cruzou com um amigo muito prepotente, que lhe falou com maus modos. Fiel à sua decisão, o homem pegou no azulejo e atirou-lho à cabeça.

Não me lembro se lhe acertou ou não. Mas acontece que, depois disso, o facto de ter de ir buscar o azulejo depois de o arremessar lhe pareceu um bocado incómodo. Decidiu, então, inventar o «Sistema de Autopreservação do Azulejo», como lhe chamou. Atou um cordel de um metro ao azulejo e saiu para a rua. Isto permitia que o azulejo nunca se afastasse demasiado, mas rapidamente o homem constatou que o novo método também tinha os seus problemas: por um lado, a pessoa destinatária da sua hostilidade tinha de estar a menos de um metro de distância e, por outro, depois de atirar o azulejo, era obrigado a recolher o fio que, além do mais, muitas vezes se enredava e fazia nós, com todas as chatices que daí decorriam.

Foi então que o homem inventou o «Sistema Azulejo III». O protagonista continuava a ser o mesmo azulejo, mas, neste sistema, em vez de estar atado a um cordel, estava atado a um elástico. Agora, o azulejo podia ser lançado uma e outra vez e voltaria sempre para trás, como um bumerangue, pensou o homem.

Quando saiu de casa e recebeu a primeira agressão, atirou o azulejo. Mas foi um fiasco total: quando o elástico entrou em acção, o azulejo voltou para trás e acertou em cheio na cabeça do próprio homem.

Tornou a tentar e levou segunda vez com o azulejo na cabeça por ter medido mal a distância.

À terceira, foi por ter atirado o azulejo fora de tempo.

A quarta vez foi muito sui generis, porque, depois de ter decidido bater na vítima, arrependeu-se e tentou protegê-la, acabando por levar com o azulejo na cara.

Ficou com um galo enorme…

Nunca se soube porque é que o homem nunca conseguiu acertar com o azulejo em alguém: se foi por causa das pancadas que levou, ou se por uma alteração no seu ânimo.

Todas as pancadas acabaram sempre por ser auto-infligidas.

— Chama-se a este mecanismo retroflexão: basicamente porque consiste em proteger os outros da nossa própria agressividade. Sempre que o pomos em prática, a nossa energia agressiva e hostil detém-se antes de chegar ao outro, através de uma barreira que nós impomos a nós próprios. Esta barreira não absorve o impacto, limita-se a reflecti-lo. E toda essa irritação, todo esse mau humor e agressividade se viram contra nós mesmos, através de comportamentos reais de auto-agressão (autolesionar-se, enfardar-se de comida, consumir drogas, correr riscos desnecessários) e, outras vezes, através de emoções ou sentimentos dissimulados (depressão, culpa, somatização).

É muito provável que um utópico ser humano «iluminado», lúcido e íntegro nunca se irrite. Seria óptimo para nós se nunca perdesse-as estribeiras, no entanto, uma vez que sentimos raiva, ira ou irritação, a única maneira de nos livrarmos delas é arrancando-as cá para fora transformadas em acção. Caso contrário, a única coisa que conseguimos, mais cedo ou mais tarde, é irritarmo-nos com nós próprios.



endereço: http://contadoresdestorias.wordpress.com/2009/11/19/o-azulejo-bumerangue-jorge-bucay/

imagem: santiagoatelier.blogspot.com


sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A VERDADEIRA ALQUIMIA


Certa vez um andarilho apareceu numa aldeia da Idade Média. Dirigiu-se à praça central da cidade, anunciou-se como alquimista e disse que ensinaria como transformar qualquer tipo de metal em ouro. Algumas pessoas pararam para ouví-lo e começaram a proferir gracejos e ridicularizá-lo.

O estranho não se abalou com as chacotas, pediu um pedaço de metal e alguém lhe entregou uma ferradura, um outro lhe ofereceu um prego. O alquimista então pegou ambas as peças, e ainda sob as risadas dos incrédulos, colocou-as numa pequena vasilha e derramou sobre elas o conteúdo de um frasco que havia retirado de sua sacola. Permaneceu alguns segundos em silêncio e o fenômeno aconteceu: a ferradura e o prego tornaram-se dourados.

Uma sensação de espanto percorreu a multidão que se avolumava cada vez mais na praça. O alquimista levantou as peças de ouro para que todos pudessem admirar a transmutação. Um ourives presente no local pediu para examinar os objetos e foi atendido.

Em pouco tempo, revelou serem as peças de ouro puríssimo como nunca tinha visto. As pessoas agitaram-se e agora queriam ouvir.

O alquimista então pegou um grosso livro de sua sacola e disse estar nele o segredo da transmutação dos metais em ouro. Em seguida, entregou o livro a uma criança próxima e partiu tranqüilo. Ninguém o viu ir embora, pois todos os olhos mantiveram-se fixos no objeto nas mãos da criança.

Poucos dias depois, a maioria das pessoas possuía uma cópia do valioso manuscrito, assim a receita para produzir ouro passou a ser conhecida por todos. Contudo, a fórmula era complexa.

Exigia água destilada mil vezes no silêncio da madrugada e ingredientes que deveriam ser colhidos em noites especiais e em praias distantes. Era muito penoso ficar mil noites em silêncio esperando a água destilar. Além disso, procurar os outros ingredientes era muito cansativo.

No início todos puseram as mãos à obra, mas com o passar do tempo, as pessoas foram desistindo do trabalho. Diziam que a fórmula era apenas uma galhofa deixada pelo alquimista para mostrar como eram tolos.

As pessoas foram desistindo. E, à medida que desistiam, tentavam convencer os outros a fazerem o mesmo. Assim, muitos e muitos outros, influenciados pelos primeiros, também desistiram.

Mas, um pequeno grupo prosseguiu com o trabalho. Apesar de ridicularizados pelo resto da aldeia, continuaram destilando a água e fizeram várias viagens juntos à procura dos ingredientes da fórmula.

O tempo correu e a quantidade de histórias divertidas, de situações que eles passaram juntos, de mudanças pessoais de cada um desde que começaram a seguir a fórmula, cresceu. E o grupo dos aprendizes de alquimia tornou-se cada vez mais unido. Converteram-se em grandes amigos.

Até que em um mesmo dia, todos tinham começado juntos, e viraram a última página das instruções do livro, e lá estava escrito:

“Se todas as instruções foram seguidas, você tem agora o líquido que, derramado sobre qualquer metal, transforma-o em ouro. Entretanto, agora você já percebeu que a maior riqueza não está no produto final obtido, mas sim no caminho percorrido. O que nos torna infinitamente ricos não é a quantidade de ouro que conseguimos produzir, mas as conquistas que obtivemos em busca do tesouro: o conhecimento das riquezas como o amor, a amizade, a paciência, o perdão, a persistência, o valor dos sacrifícios feitos nessa busca. A transformação interior obtida: esta é a verdadeira alquimia".


endereço: http://textos_legais.sites.uol.com.br/a_verdadeira_alquimia.htm

imagem: internet


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

SABOREIE SEU CAFÉ!!!


Um grupo de ex-alunos, todos muito bem estabelecidos profissionalmente, se reuniu para visitar um antigo professor da universidade. Em pouco tempo, a conversa girava em torno de queixas de estresse no trabalho e na vida como um todo.


Ao oferecer café aos seus convidados, o professor foi à cozinha e retornou com um grande bule e uma variedade de xícaras - de porcelana, plástico, vidro, cristal; algumas simples, outras caras, outras requintadas; dizendo a todos para se servirem.


Quando todos os estudantes estavam de xícara em punho, o professor disse: "Se vocês repararem, pegaram todas as xícaras bonitas e caras, e deixaram as simples e baratas para trás. Uma vez que não é nada anormal que vocês queiram o melhor para si, isto é a fonte dos seus problemas e estresse. Vocês podem ter certeza de que a xícara em si não adiciona qualidade nenhuma ao café. Na maioria das vezes, são apenas mais caras e, algumas vezes, até ocultam o que estamos bebendo. O que todos vocês realmente queriam era o café, não as xícaras, mas

escolheram, conscientemente, as melhores xícaras... e então ficaram de olho nas xícaras uns dos outros.


Agora pensem nisso: A Vida é o café, e os empregos, dinheiro e posição social são as xícaras. Elas são apenas ferramentas para sustentar e conter a Vida e o tipo de xícara que temos não define, nem altera, a qualidade de Vida que vivemos. Às vezes, ao nos concentrarmos apenas na xícara, deixamos de saborear o café que Deus nos deu...".
Deus côa o café, não as xícaras...
"Saboreie seu café!!!"


vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv


" Quem escolhe intenções elevadas no exercício de suas atividades, jamais esbarra no fracasso infeliz."



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domingo, 3 de janeiro de 2010

COINCIDÊNCIA


A Palavra coincidência seria quase uma conspiração de improbabilidades.
Várias coisas conspiram, ocorrem ou ocorreram ao mesmo tempo. O próprio incidente tem significado especial para a pessoa. É freqüente ter uma natureza simbólica; há sempre algo mais profundo do que o próprio incidente. Causa uma emoção intensa por quem passa pela experiência; às vezes transforma totalmente a vida da pessoa.

Se você prestar atenção a essas conspirações, verá que elas são "dicas", são mensagens do mundo e assim poderíamos participar conscientemente da criação de nosso próprio destino.

CONSCIÊNCIA

Uma grande história zen diz que havia dois estudantes observando uma bandeira. O primeiro dizia: - olha, a bandeira está se movimentando. O segundo diz: - não, o que está em movimento é o vento. Chega o professor e eles perguntam: - o que está se movendo é o vento ou a bandeira? E o professor diz: - nem o vento, nem a bandeira. O que se move é a consciência.

O UNIVERSO NUM PONTO

No nível da realidade quântica, a informação está embebida em energia. Ao nível quântico tudo é indivisível. Não há separação entre mim e você porque somos todos parte do vasto universo de informação e energia. Neste exato momento, se pegássemos um pedacinho do espaço quântico aqui entre meus dedos, teríamos o universo inteiro. Toda a energia e informação está bem aqui, nesse ponto entre meus dedos. Notícias da televisão estão passando aqui agora, por exemplo. Você não pode ver apenas porque não tem os instrumentos certos. Mas está tudo aqui, só que em diversas freqüências.

CÉREBRO

Apenas por um momento, feche os olhos. Agora pense no seu quarto. Veja sua cama, as paredes. Agora abra os olhos. Você viu seu quarto, claro. E assim que você viu essa imagem, um feixe de fótons, luz, acendeu em seu cérebro. Mas antes de pedir que você visse essa imagem, onde ela estava? Onde está a memória até o momento que decidimos lembrar? A memória não está no cérebro como tanta gente diz. As pessoas dizem isso porque se alguém tem um derrame pode perder a memória. Mas hoje os mais brilhantes cientistas do mundo estão afirmando que a memória não está no cérebro. O cérebro é apenas um harware, como um rádio. Não há prova cientifica de que o cérebro produza pensamentos. Ele os decodifica. O que ensinam as grandes escolas espirituais é que o pensamento vem da alma, do verdadeiro eu. Para além dos olhos da carne e dos olhos da mente estão os olhos da alma. É aí que temos memória, insights, imaginação, entendimento, intenção, curiosidade, sabedoria, criatividade. Hoje alguns cientistas começam a descrever esse domínio, que chamaremos de realidade virtual. É aí que estava o pensamento, antes de você tê-lo tido.

REALIDADE VIRTUAL

A realidade virtual é imortal. E infinitamente correlacionada. É o software do universo. Esse nível de realidade é silencioso. A mente está sempre falando, mas aqui há silencio profundo. É eterno, porque nunca morrerá porque nunca nasceu, sempre esteve lá. Não tem energia, mas toda energia vem daí. Esse nível de realidade não tem tempo, é a criatividade infinita, o potencial infinito. Esse nível de realidade tem um infinito poder de organização. Esse nível de realidade é a nossa própria alma.

A ORDEM NÃO MANIFESTA

O tempo linear é a forma da natureza não nos deixar experimentar tudo ao mesmo tempo. Mas há um mundo não manifesto onde tudo - passado, presente e futuro - está contido. Imagine que está lendo um livro, na página 70, e ele é uma história sobre você. Vai para a página 22 é a história também é sobre você, só que no passado. Na página 130 a história continua sendo sobre você, porem no futuro.

Você é que está lendo essa página agora. É assim que funciona a realidade. Volta e meia acessamos esse mundo não manifesto. Se a informação vem do passado, dizemos: oh, é das vidas passadas; se vem do futuro, dizemos: - oh, é uma profecia, uma clarividência. São palavras para descrever o que o poeta Rumi já disse de outra forma: " O mundo real está atrás das cortinas; na verdade não estamos aqui, esta é a nossa sombra. A experiência do amor não só como sentimento, mas como verdade maior da criação, o êxtase que vem daí, nos trás a memória da ordem submanifesta do ser, de toda a mágica da vida".


Deepak Chopra


endereço: http://www.casadobruxo.com.br/textos/consc.htm

imagem: internet


sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

ANO NOVO


1. Afirme somente se tiver certeza;

acredite somente se lhe derem fatos;

gaste somente se souber de onde tirar os fundos;

coma somente se tiver fome;

durma somente se tiver sono

e, em caso de dúvida,

fique na sua e siga seu próprio nariz.

2. Abrace muito,

beije mais ainda

e ria ,

já que a vida é de graça.

3. Peça ... sempre haverá alguém que lhe dará o que você está precisando.

4. Despeça-se do que já passou - quem vive de passado é museu.

5. Pare de se preocupar. Suas desgraças nunca serão do tamanho que você pensa. Nem seus êxitos.

6. Perdoe-se por suas burrices e fracassos. Se você não se perdoar, vai ser inútil pedir desculpas ou dizer "sinto muito" a quem quer que seja.

7. Reze para agradecer, nunca para pedir. Você já recebeu mais do que suficiente para crescer e ser feliz.

8. Não perca tempo em discussões inúteis. Ao invés de brigar, cante uma canção, tome um banho frio ou vá dar uma volta no parque.

9. Desista de fazer a cabeça dos outros - o que eles pensam de você não importa. Importa o que você é.

10. Cuide de si mesmo como se estivesse cuidando do seu melhor amigo.

11. Expresse a sua individualidade. Apoie-se em seus talentos e virtudes. Concentre-se em seus objetivos. Faça ginástica 3 vezes por semana, no mínimo.

12. Mude algo em si mesmo todos os dias. Abra-se com alguém. Faça alguma coisa que sempre desejou fazer, que pode fazer, mas que tinha vergonha.

13. Cometa erros novos.

14. Simplifique sua vida.

15. Deixe bagunçado.

16. Pare de frescura.

17. Acredite no amor; nada no mundo é mais digno de crédito. AME - não é vexame nenhum.

18. Nunca pense que o amor é uma "água morna" - onde há amor, há respeito pelas diferenças; onde as diferenças não são aceitas, existem pontos de vista contrários; e onde existem pontos de vista contrários, há conflitos e desentendimentos.

19. Não se intrometa na vida dos outros, nem julgue as pessoas de jeito nenhum. Deixe-as ser como são e curta o melhor de cada uma.

20. Grandes amizades não se perdem em pequenas disputas. Se se perderem, é porque não eram nem amizades, muito menos grandes.

21. Leia o que está escrito, ouça o que é dito e, se não compreender, pergunte. Não tenha vergonha de perguntar o que não sabe. É assim que se aprende.

22. E o mais importante...


"SEJA MUITO FELIZ !"

FELIZ ANO NOVO!



endereço e imagem: internet


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